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Brasil Assunto mais badalado do mercado farmacêutico nos últimos meses, a exploração da maconha medicinal ainda é tratada de forma discreta pelas gigantes da indústria no Brasil

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Empresas já estão sendo registradas para atuar no segmento. (Foto: Reprodução)

Sem alarde, investidores tradicionais do ramo de medicamentos já começam a olhar com maior atenção para a maconha medicinal. Trata-se do assunto mais badalado do mercado farmacêutico nos últimos meses, mas as gigantes da indústria no Brasil ainda tratam essa pauta de forma discreta.

No fim do ano passado, membros de família acionista do laboratório Aché registraram na junta comercial de São Paulo uma empresa de cannabis. A informação, pouco conhecida no setor até agora, alerta concorrentes que chegaram aqui há mais tempo.

Adalmiro Dellape Baptista Netto e Rodrigo Dellape Batista, de uma das famílias fundadoras do Aché, são sócios da empresa Cannabis Brasil, que tem entre suas descrições “comércio varejista de produtos homeopáticos, sem manipulação de fórmulas”.

Representantes do laboratório dizem que não se posicionam a respeito de iniciativas de famílias acionistas. Admitem, porém, já estudar a possibilidade de ingressar no novo mercado: “O projeto ainda é embrionário e não temos muito a dizer a respeito”.

No sentido inverso, jovens empresas de maconha no país buscam se posicionar ao lado da grande indústria. Quatro delas se associaram ao Sindusfarma, sindicato do setor que reúne gigantes como EMS e Eurofarma. As novatas na entidade são Natuscience, Cansortium, VerdeMed e Canopy (Spectrum), segundo o Sindusfarma.

A maconha atrai, há anos, altos executivos, dentro e fora do setor de saúde. Marco Antonio Bologna, que foi presidente da TAM, atual Latam, era sócio da empresa de cannabis Entourage até julho.

Theo van der Loo, que foi presidente da Bayer no Brasil, fundou em julho a Natuscience. Quer fazer pesquisas clínicas com o extrato porque, segundo ele, o setor tem potencial mas carece de embasamento teórico no país para dar segurança a médicos, pacientes e à própria Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).

Na rota No exterior, a maconha medicinal entrou oficialmente no radar da grande indústria. A suíça Novartis já tem acordo com a canadense Tilray, que produz remédios a partir da erva, para distribuir produtos onde o uso medicinal é legalizado.

A Anvisa adiou na semana passada uma votação sobre a proposta que libera o plantio de Cannabis no país para pesquisa e produção de medicamentos. Também pediu mais prazo para analisar as regras de registro.

Água do mar engarrafada

Após o aval dado pela Anvisa na última sexta-feira, envasadoras de água do mar dessalinizada se preparam para levar o produto ao mercado brasileiro em 2020. A empresa Ocean Par está captando investimentos de US$ 15 milhões para abrir duas fábricas em Bertioga (SP).

De acordo com Silvio Paixão, sócio da Ocean Par, a empresa já exportou para mercados de baixa abundância de água doce, mas suspendeu as operações para reformular o processo. Agora também quer fazer condimentos com o que sobra do tratamento da água do mar.

No Brasil, meta é vender com preço acima da água mineral e abaixo das importadas, buscando consumidores que buscam bebidas saudáveis. A empresa obteve uma autorização para atuar nesse mercado antes da publicação das regras da Anvisa.

(Marcello Campos)

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