Sábado, 20 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 7 de julho de 2017
Cientistas da Universidade Federal dos Urais (Rússia) advertem que o asteroide MS4, com cerca de 250 metros de diâmetro, passará próximo ao nosso planeta no dia 11 de julho. A formação rochosa passará perto da Terra a uma distância de 2,9 milhões de quilômetros.
“É potencialmente perigoso. Se alcançar a Terra, é capaz de destruir a vida no nosso planeta”, informou Vladilen Sanakoev, coordenador do observatório acadêmico da universidade, ao jornal Rossiiskaya Gazeta.
No entanto, o cientista afirmou que o asteroide não representa perigo imediato para o planeta. Será possível observá-lo só com grandes telescópios.
Os pesquisadores russos dizem que uma catástrofe deste tipo pode ser evitada se as órbitas dos corpos celestes, sua composição química e características forem cuidadosamente estudadas. Isto tornará possível decidir os passos a dar para nos defendermos: desviá-los ou destruí-los.
Proteger a Terra
Recentemente, a Nasa emitiu comunicado onde anunciou o futuro teste de uma tecnologia para proteger o nosso planeta da colisão com objetos vindos do espaço. No momento, a Agência trabalha no design do Teste de Redirecionamento do Asteroide Duplo (DART, na sigla em inglês).
Trata-se de um sistema de defesa planetária que vai desviar a trajetória do voo de asteroides usando choque cinético. “DART será a primeira missão da Nasa que vai demonstrar a chamada tecnologia do choque cinético”, declarou a oficial de defesa planetária na sede da Agência em Washington, Lindley Johnson. O sistema será experimentado com o asteroide Didymos que passará perto da Terra em 2022 e 2024.
“O risco de impacto do asteroide é real, pergunte aos dinossauros”, diz à BBC Mundo (serviço em espanhol da BBC) Jean Luc Margot, professor de astronomia da Universidade da Califórnia em Los Angeles (UCLA). “Diferente de outros perigos naturais como furacões, erupções vulcânicas, terremotos, etc, os impactos dos asteroides podem ser evitados com a tecnologia atual.”
Mais rápido que uma bala
Segundo a Nasa, o DART atingirá o Didymos B, o asteroide menor, “a uma velocidade de 6 quilômetros por segundo, nove vezes mais rápido que uma bala”.
Com esse teste, os cientistas poderão avaliar a mudança resultante na órbita de Didymos B ao redor de Didymos A. Isso permitirá determinar as capacidades do impacto cinético como uma estratégia de mitigação de asteroides.
Para o professor Margot, a escolha desse asteroide é boa porque ele é relativamente acessível para aeronaves espaciais e é possível medir as mudanças com imagens de radar.
“Se os responsáveis pelo orçamento não apoiarem o projeto, poderão ser considerados culpados pela perda de vidas e bens em caso de um impacto grande de um asteroide”, opina Margot.