Sexta-feira, 19 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 14 de fevereiro de 2018
Tiros deixaram ao menos dois mortos e vários feridos em uma escola de ensino médio no Sul da Flórida, na cidade de Parkland, de acordo com funcionários dos serviços de emergência locais. O número, no entanto, pode ser ainda maior. O gabinete do xerife do condado de Broward, Scott Israel, disse que ao menos 17 pessoas foram hospitalizadas. A escola Marjory Stoneman Douglas, onde estudam cerca de 3 mil alunos, foi esvaziada, mas pais contavam que alguns alunos ainda estavam trancados nas salas de aula, enviando mensagens por celular. A polícia informou que o atirador foi detido.
“Até o momento temos ao menos 14 vítimas. As vítimas foram e continuarão a ser transportadas ao Centro de Saúde Médica de Broward e ao hospital Broward Health North. #TiroteiodeStoneman”, escreveu a polícia no Twitter. “Evitem a área da escola Stoneman Douglas. A polícia está trabalhando no momento num incidente em desenvolvimento sobre relatos de um atirador em atividade”.
De acordo com algumas emissoras de TV locais, o autor dos disparos se chama Nicholas Cruz, de 18 anos. Relatos de testemunhas indicaram que ele usava uma máscaras de gás sobre o rosto, um chapéu preto e calça e blusa marrons quando agiu dentro da escola. A mídia ainda o descreveu como um “menino difícil”, um estudante “alternativo”. Ele também seria integrantes de grupos pró-armas nas redes sociais e teria participado de debates na internet sobre fabricação de bombas. Um apresentador da Fox News divulgou uma imagem do suposto atirador, mas ainda não há confirmação por parte das autoridades.
“Fomos avisados no ano passado que ele não foi permitido no campus com uma mochila”, disse o professor de matemática Jim Gard, que informou que Cruz foi seu aluno em 2017, ao jornal “The Miami Herald”. “Houve problemas com ele no ano passado, ameaçando alunos, e acho que lhe foi pedido que deixasse o campus.”
Tiroteio na saída
O tiroteio começou bem na hora da saída dos alunos. Faltavam dez minutos para a aula acabar quando Nicole Baltzer ouviu o alarme de incêndio. Enquanto os estudantes saíam do prédio, os tiros começaram: “Ouvi tantos tiros. Seis, pelo menos”, contou a jovem de 18 anos, que precisou se trancar em uma sala no segundo andar. A professora de inglês Melissa Falkowski contou que escondeu 19 alunos em um armário durante a explosão dos tiros. Ela disse que o corpo docente chegou a participar de um treinamento de emergência recentemente: “Se não tivéssemos feito a preparação, poderia ter sido muito pior”.