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Brasil Ataque indireto de Bolsonaro ao general Santos Cruz, integrante do seu gabinete, inflama a ala do governo que quer reduzir o poder dos militares

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Santos Cruz (foto) foi criticado de forma contundente por Olavo de Carvalho e Carlos Bolsonaro. (Foto: Reprodução/Twitter)

Ao desautorizar indiretamente em seu Twitter uma fala do ministro da Secretaria de Governo, o general Santos Cruz, Jair Bolsonaro inflamou a ala que age para reduzir o espaço dos militares em sua gestão. O texto do presidente foi distribuído por simpatizantes do escritor Olavo de Carvalho que pedem a demissão do general.

A reação dos fardados veio em um lamento: “Não é construtivo para ninguém. É tudo que a esquerda deseja, nossa desunião e o desajuste de ideias”, resumiu um dos militares que atuam no Planalto, segundo informações divulgadas pelo jornal Folha de S.Paulo.

O estopim para a farpa lançada pelo presidente contra o ministro foi uma entrevista concedida por Santos Cruz à jornalista Vera Magalhães há um mês. Na ocasião, ele fez um chamado ao comedimento nas redes e disse que seu uso deveria ser “disciplinado” para evitar distorções do debate por extremistas.

O general mencionou na entrevista uma “melhoria” da legislação, sem falar em regulamentação, mas o uso da palavra “disciplinado” foi pinçado por integrantes do governo, provocando a reação de Bolsonaro.

Trecho da fala de Santos Cruz foi distribuído em grupos de WhatsApp por simpatizantes de Olavo de Carvalho na manhã de domingo (05). Depois, no início da tarde, a resposta em que o presidente rechaçou qualquer regulação de mídias foi anexada aos destinatários para que não restasse dúvida sobre seu alvo.

Santos Cruz atua em duas pontas sensíveis do governo: a articulação política e a publicidade. Há tempos, sua atuação é questionada por olavistas que veem nele um entrave a manifestações mais incisivas de Bolsonaro nas redes.

Mais recentemente, integrantes da equipe econômica e outros técnicos reclamaram da mão firme com que o general segura a publicidade. Nas redes bolsonaristas, a campanha “Carlos Bolsonaro ministro” foi acoplada aos ataques a Santos Cruz.

Carlos Bolsonaro

O levante promovido pelo vereador do Rio Carlos Bolsonaro contra o vice-presidente Hamilton Mourão abriu um novo front de guerra, agora contra o ministro Santos Cruz.

O caso da campanha publicitária do Banco do Brasil focada na diversidade, que foi censurada por Bolsonaro, fez com que Santos Cruz entrasse definitivamente na mira da linha ideológica do governo, capitaneada por Carlos. Irritado, Bolsonaro declarou que seus ministros devem seguir sua linha de pensamento. “Quem não seguir o que eu penso deve se calar.”

Para auxiliares do presidente que disputam o poder de influência no governo com os militares, Santos Cruz se intromete em muitas áreas do Executivo e não se alinha às pautas mais conservadoras.

Também passou a pesar contra o ministro o fato de ser o mais alinhado ao vice-presidente Hamilton Mourão. Durante a crise envolvendo Carlos Bolsonaro e Mourão, ele teria saído em defesa do vice e buscado conciliação. O atrito com o filho de Bolsonaro teria começado ainda no início do governo, quando Santos Cruz teria atuado pessoalmente para impedir que Leonardo Rodrigues de Jesus – conhecido como Léo Índio –, primo dos filhos do presidente, fosse nomeado no Palácio do Planalto.

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