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Política Até os mais próximos consideram difícil entender aonde o deputado cassado Eduardo Cunha quer chegar

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Para o Ministério Público, o ex-deputado continua impassível. (Foto: AE)

Era uma vez cinco irmãos. Um virou presidente, três viraram ministros e um foi preso”. Como quem não quer nada, o ex-presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), narra a anedota a agentes penitenciários do CMP (Complexo Médico Penal) de Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba. O breve relato logo se espalha como ameaça de delação premiada, mais uma entre muitas já feitas por Cunha.

Na fala do ex-deputado o presidente Michel Temer, os ministros Eliseu Padilha (Casa Civil), Moreira Franco (Secretaria-Geral da Presidência) e o senador Romero Jucá (ex-ministro do Planejamento), todos do PMDB, figuram como personagens de uma historinha infantil em que o próprio Cunha aparece como o único injustiçado.

Mas as mensagens são dúbias. Até os mais próximos consideram difícil entender aonde Cunha quer chegar. Para o Ministério Público, o ex-deputado continua impassível. Os que o visitam asseguram que ele segue negando qualquer intenção de fechar uma colaboração. Amigos avaliam que ele estaria fazendo contas, deduzindo de sua hipotética sentença os benefícios que a lei garante, como redução de pena e progressão de regime. Quem sabe ele poderia beneficiar-se de um habeas corpus. Ou, no futuro, até mesmo de eventual mudança no entendimento do STF (Supremo Tribunal Federal) sobre o momento da prisão.

Atualmente, a Corte considera que o preso pode cumprir sentença a partir da decisão de segunda instância, o que acelerou muito o cumprimento das penas no Brasil. Há conversas em curso, porém, para tentar convencer o STF a voltar à conclusão anterior pela qual a prisão só podia ocorrer após esgotados todos os recursos nas instâncias do Judiciário, inclusive o Supremo.

Preso desde dezembro no CMP, quando foi transferido da carceragem da PF em Curitiba, Cunha é descrito pelos que transitam no local como de personalidade difícil. Recusa-se a respeitar a ordem hierárquica do presídio, onde, para os presos da Operação Lava-Jato, inverte-se o arranjo da pirâmide social.

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