Mundo Atirador mata uma pessoa e fere três em uma boate na Alemanha

Fritz Bezikofer, porta-voz da polícia alemã, afirmou que o autor dos tiros é um cidadão de origem iraquiana, e as circunstâncias que precederam o ataque levam a crer que não foi um atentado terrorista. Um policial está entre os feridos. Forças especiais foram enviadas a Konstanz, uma cidade universitária com cerca de 82 mil habitantes às margens do lago Constança, na fronteira com a Suíça e perto de Zurique.

Na sexta-feira, um ataque com faca deixou um morto e seis feridos em um supermercado em Hamburgo, no Norte da Alemanha. O agressor foi detido e mais tarde identificado pela polícia como um homem de 26 anos nascido nos Emirados Árabes Unidos.

Ciberataques e terrorismo

A Alemanha é um potencial alvo para atentados terroristas e violência de extrema direita, além de ciberataques e espionagem promovidos por países estrangeiros, alerta um relatório do Departamento de Proteção à Constituição da Alemanha divulgado neste mês.

Segundo o órgão, há “clara evidência de perigo proveniente do espectro” da extrema direita. O número de crimes violentos de extrema direita subiu de 1.408 em 2015 para 1.600 em 2016, aponta o relatório da agência de segurança interna do país. O órgão governamental acredita que mais da metade dos simpatizantes da extrema direita no país sejam potencialmente violentos.

O departamento também aponta um provável aumento no número de islamistas na Alemanha. O número de salafistas ultraconservadores no país passou de 8.350 em 2015 para 10.100 no ano passado. Destes, 680 foram classificados como uma ameaça, destaca o relatório.

O presidente do órgão, Hans-Georg Maassen, disse que grupos radicais islâmicos representam o maior desafio para as autoridades de inteligência do país. “Futuros ataques perpetrados por indivíduos ou grupos terroristas devem ser esperados na Alemanha”, disse.

Segundo o Departamento de Proteção à Constituição da Alemanha, o país é alvo com cada vez mais frequência de ciberataques e espionagem de serviços de inteligência estrangeiros, em particular da Rússia, China, Turquia e Irã. Alvos-chave seriam o Ministério do Exterior e seus escritórios em diversos países, além dos ministérios das Finanças e Economia, do gabinete da chancelaria federal e das instituições militares alemãs.

Segundo o ministro do Interior, Thomas de Maizière, o governo trabalha em colaboração com a indústria para reforçar a proteção das empresas alemãs. Os setores mais afetados são a indústria bélica, automobilística, espacial e aeroespacial, além dos institutos de pesquisa.