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Brasil Aos 60 anos, a atriz Maitê Proença disse que vive um momento libertador e afirmou já ter sido assediada

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Atriz falou sobre diferentes temas. (Foto: Reprodução/Instagram)

Com muitas protagonistas e mais de 20 novelas no currículo, ela não teve seu contrato renovado. “Ser demitida é uma tristeza, mas não é algo para discutir no jornal. Eles [Globo] estão no direito deles. Não gosto de entrar num lugar com 20 e ser expelida aos 60. Ninguém gosta disso”, conta.

“O cameraman começou junto comigo. A camareira me viu com 20 anos. É um bando de amigos, e isso cria uma rede de proteção, de conforto. É ruim você não fazer mais parte disso. Porque alguém resolveu que você custava caro para a empresa ou qualquer outro motivo.”

No ano passado, a Globo interrompeu contrato com outras três atrizes veteranas : Carolina Ferraz, Danielle Winits e Isabela Garcia, todas na faixa dos 50 anos.

“Um ator pode trabalhar até os 90 ou os 100 anos. Haverá sempre personagens.”

“Não sei se é diferente para os homens”, segue. “Sei que em tudo a mulher mais velha tem mais dificuldade. Porque a exigência da juventude para a mulher, é maior.”

No início de sua carreira, “entraves psíquicos” atrapalharam o desempenho na atuação, diz Maitê. “Eu podia fazer qualquer coisa, até dirigir um caminhão. Mas não estava preparada para ser atriz [quando comecei]. Tinha feridas emocionais que não queria mexer, mas fui tendo que tirar do caminho.”

“Eu era meio bicho grilo. Tinha acabado de voltar da minha primeira viagem à Índia e me tornei uma pessoa pública. Eu não sabia agir publicamente, nunca tive televisão na minha casa. Foi muito assustador virar uma pessoa que todo mundo conhecia.”

Opiniões e julgamentos

“Até hoje é assustador me meter na frente de um monte de gente para que me julguem. Não quero ser julgada. Quem é que gosta?”, pergunta à repórter Bruna Narcizo. “Olha só que trabalho horrível: às vezes você passa dois anos tentando montar um negócio e, em um dia, vem um crítico e fala coisas abomináveis a respeito daquilo. Às vezes, as pessoas não gostam. Acontece. É horrível, mas você vai fazer o quê? É o trabalho.”

“É lógico que eu quero agradar. Não quero fazer para poucos. Para três pessoas, a gente sai para jantar e falo minha opinião. Quero fazer coisa boa para muita gente!”

Maitê no entanto, afirma estar com preguiça de ter sempre que tomar uma posição. “As pessoas dão opinião sobre qualquer coisa. Agora eu quero fazer as coisas”, diz.

Política

O momento político atual, para ela, é “um pouco assustador”. “Ver que Trump venceu nos EUA depois do Obama, que tirou a economia do buraco… E o Obama era aquele homem que você fala: ‘Meu Deus, eu quero casar com você e com a [ex-primeira-dama] Michelle! Quero ter os dois na minha cama’.”

Assédio

Ela conta que sofreu assédio na carreira. “Mais de uma vez, pessoas botando a mão em mim. Mas dei um chute.”

“Fiz uma carreira maravilhosa e não vou ficar me sentindo uma pobre coitada. Se usaram desse recurso baixo, eu tive que contornar. Os percalços melhoram a gente, infelizmente.”

Mexendo em memórias

“Houve um período da minha vida em que tinha medo de me entregar emocionalmente. Achava que, se eu fosse mexer lá dentro, poderia morrer daquilo”, conta a atriz, que tinha 12 anos quando viu o pai matar a mãe por ciúmes. Ela aborda a história no livro autobiográfico que escreveu, “Uma Vida Inventada”.

Foi escrevendo que ela começou a exorcizar seus fantasmas, diz. “Achava que podia cavar lá onde não se pode mexer, e o que sair de lá, se eu achar que é muita exposição, eu apago. E fui lá, chafurdar, chafurdar, chafurdar. Depois que eu vi que deu, fiquei mais corajosa”, diz. Nunca mais conseguiu ler o livro.

Filha

A relação com a única filha, Maria, de 27 anos, é “uma avalanche de afeto e amor”. Maria, que ainda mora com a mãe, vai se casar neste ano. “Achei que ia me sentir sozinha, mas eu adorei. Já estou toda voltada para o casamento. Ela vai para outro bairro e eu vou me mudar para perto. A Maria diz que estamos fazendo um cortiço, já que o pai dela já está morando lá. Eu quero uma casa sustentável, com energia solar”, diz.

Temas espinhosos

“Agora eu tô muito ecológica. Sofro quando eu vejo um plástico. Sofro profundamente. Fico desesperada com a quantidade de lixo. Então, na minha casa a gente tá comprando as coisas a granel. Coitada da empregada, tem que entrar na onda.”

A atriz diz que uma das experiências negativas que teve atuando foi ao interpretar a personagem Sinhazinha, na novela “Gabriela”, em 2012. Ela foi morta pelo marido depois de uma crise de ciúmes. “Na hora [de gravar a cena da morte] foi bem ruim. Eu já sabia quando aceitei a personagem, mas quando começaram a botar sangue falso… Reviver [cena parecida com a da morte da mãe] não é igual a pensar a respeito”, diz.

“Depois que minha mãe morreu, eu chorei escondida durante muito tempo. Trancava a porta no dia das mães e chorava sozinha, botava uma couraça e saía. Tive que me virar sozinha. Mas não tenho mais isso. Estou livre.”

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