Quinta-feira, 28 de março de 2024
Por Redação O Sul | 10 de agosto de 2015
Se o governo já tinha problemas com a queda da arrecadação devido à retração da economia, esse quadro agora corre o risco de ficar ainda mais grave. Os auditores da Receita Federal – que têm papel-chave no recolhimento dos impostos – ameaçam fazer uma rebelião caso não sejam incluídos na PEC (Proposta de Emenda Constitucional) 443, que aumenta o teto da remuneração de advogados públicos e delegados de polícia. E, na tentativa de contornar a crise, o Ministério da Fazenda acabou manifestando publicamente apoio aos auditores.
O secretário da Receita, Jorge Rachid, enviou na semana passada um e-mail a todos os superintendentes do Fisco afirmando que os auditores fazem um trabalho de excelência e não iria se omitir “em defender a instituição nas discussões ainda em andamento da PEC 443”.
Segundo os auditores, o grupo ficou revoltado porque, durante o debate na Câmara, deputados ressaltaram a importância dos advogados públicos para a arrecadação federal – e trataram a Receita como uma categoria de menor relevância. Os parlamentares rejeitaram uma emenda aglutinativa que incluía o Fisco na PEC.
Indignação
O posicionamento do líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), contra a emenda deixou os auditores irritados. A derrota provocou uma ebulição, e os auditores começaram a pressionar superintendentes para que entregassem os cargos.