Sexta-feira, 19 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 3 de setembro de 2018
Com o aumento da incidência de golpes contra aposentados do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) somente no primeiro semestre deste ano foram registradas 461 denúncias pela Ouvidoria do instituto, além do vazamento de dados via internet, inclusive pelo Serpro, como o segurado deve se proteger para não ser vítima de estelionatários? O jornal O DIA consultou especialistas em cibersegurança para mostrar como se defender. As principais dicas, segundo Fábio Lutfi Machado, da empresa Qriar Cybersecurity, são manter sempre o programa de antivírus atualizado e desconfiar de ofertas de facilidades por ligações telefônicas, via WhatApp e SMS. “Seja em computador, laptop, celular ou tablet, o antivírus tem que estar atualizado”, orienta.
Machado afirma que os golpes são mais baseados em engenharia social, e menos por meios virtuais. “A fragilidade dos idosos é frequentemente explorada por cibercriminosos que se apoiam em fatores estruturais, como pouco nível de escolaridade, status socioeconômico baixo, por exemplo. Limitado acesso a serviços públicos também contribui com o aumento da vulnerabilidade. E isso torna os mais velhos um chamariz para fraudadores”, alerta Machado.
O especialista avalia que com a possibilidade de alguns aposentados terem 25% a mais no benefício para pagar cuidadores, conforme determinou recentemente o Superior Tribunal de Justiça (STJ), as tentativas de golpe contra esses segurados podem aumentar.
“É recomendável sempre canais seguros de internet. É melhor evitar a aquela rede aberta grátis em lan house ou outro local, que podem ser chamariz para possível invasão”, diz Machado. O especialista orienta o usuário a verificar sempre se o certificado digital emitido é confiável e, em caso de sites governamentais que não são reconhecidos pelo navegador da internet tradicional, conferir se realmente está no domínio correto.