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Por Redação O Sul | 6 de dezembro de 2017
Dados divulgados nesta terça-feira (5) pelo governo norte-americano mostram que as prisões de imigrantes ilegais nos Estados Unidos aumentaram 42% desde o início do governo de Donald Trump, em 20 de janeiro deste ano.
No total, 110.568 imigrantes sem documentação ou status legal foram presos desde a posse de Trump, no final de janeiro, até o mês de setembro. No mesmo período do ano passado, sob o governo de Barack Obama, o número foi de 77.806.
“Eles estão no radar agora”, declarou o diretor da agência americana de imigração, Thomas Homan, em entrevista à imprensa. “Nós vamos encontrá-los em suas casas, em seus empregos. Se alguém está no país ilegalmente, isso é um crime por si só.”
O aumento das prisões demonstra, mais uma vez, a guinada na política de imigração do governo Trump – que já instituiu um decreto anti-imigração contra países de maioria islâmica e, mais recentemente, anunciou sua saída do pacto para proteção de refugiados da ONU (Organização das Nações Unidas).
Condenação criminal
Homan afirmou que 73% dos imigrantes presos tinham uma condenação criminal – a maioria deles por infrações de trânsito ou pelo próprio fato de estarem em situação ilegal no país. Ele negou que esteja promovendo uma retaliação contra imigrantes e afirmou que o país está “cumprindo a lei”.
“Gostem ou não do presidente, ele está fazendo a coisa certa”, declarou Homan.
O departamento de Segurança Doméstica destacou que as ações contra imigração ilegal são uma das “prioridades” do governo Trump, e que o objetivo é, além de defender as fronteiras e a segurança nacional, “proteger os empregos dos americanos”.
Trabalhadores americanos
“[Queremos] acabar com a discriminação contra trabalhadores americanos”, afirmou Francis Cissna, que comanda o serviço de cidadania e imigração dos Estados Unidos. Desde a campanha, Trump tem afirmado que imigrantes ocupam vagas que poderiam ser preenchidas por trabalhadores locais.
Homan acusou as “cidades-santuário”, que protegem imigrantes sem status legal, de conduzirem uma política “insensata” e “estúpida”.
Os dados divulgados nesta terça também mostram que a agência de imigração realizou 226 mil deportações por ordem judicial no último ano, em um ligeiro declínio em comparação com o ano anterior (quando elas somaram 240 mil).