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Mundo Assassino de 9 pessoas em igreja nos Estados Unidos foi entregue à polícia pelo próprio pai

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Foto em site mostra Roof com arma e bandeira de separatistas norte-americanos. (Foto: Reprodução)

O próprio pai e um tio de Dylann Roof, 21 anos, o entregaram à polícia na quinta-feira (18), horas após ele cometer a chacina dentro da Igreja Metodista Episcopal Africana Emanuel, em Charleston, no Estado da Carolina do Sul, nos Estados Unidos. Na sexta-feira, o atirador ouviu de um juiz as acusações que podem levá-lo à pena de morte: nove assassinatos e porte de arma. Os crimes, segundo autoridades, foram motivados por racismo: todas as vítimas eram negras. Testemunhas informaram que Roof fez comentários racistas a um sobrevivente.

Em uma audiência que durou 13 minutos, o juiz interrogou o preso por meio de videoconferência. A imagem de Roof, na cadeia, foi exibida em um telão para familiares de vítimas, no tribunal. Após o réu confessar, os parentes de mortos foram convidados a falar. A sobrevivente Felicia Sanders, mãe do jovem Tywanza, 26, que morreu, dirigiu-se diretamente ao acusado: “Nós o recebemos na quarta-feira à noite em nosso grupo de estudo bíblico. Cada fibra em meu corpo dói. E eu nunca serei a mesma. Tywanza, meu filho, era meu herói. Que Deus possa ter misericórdia de sua alma.” Roof se fingiu de interessado em leituras bíblicas para entrar na igreja, na noite do crime. “Este é o pior crime de ódio que eu já vi, e que o país viu, em um longo tempo. Nós queremos que ele enfrente a pena de morte”, declarou a governadora da Carolina do Sul, Nikki Haley.

A igreja amanheceu na sexta-feira com dezenas de buquês na calçada, além de coroas de flores e uma cruz de madeira. Vigílias de oração foram realizadas em todo o país. Entre os mortos, estava o pastor da igreja, Clementa Pinckney, 41, ativista da comunidade negra local e também senador pelo partido democrata.

O atirador foi detido em Shelby, Carolina do Norte, depois que o pai e o tio o identificaram à polícia, com base em imagens de circuito interno da igreja divulgadas pela imprensa local horas após o crime. O local da prisão ficava a cerca de quatro horas de distância do templo. A polícia conseguiu encontrar Roof após receber informações da florista Deborah Dillsm, que estava dirigindo pela estrada e avistou um veículo escuro com placas da Carolina do Sul, semelhante ao descrito por agentes na imprensa. Ela seguiu o carro, enquanto seu marido acionava a polícia. Deborah, por fim, conseguiu ler a placa. Pouco depois, o jovem foi capturado, sem resistir.

Seis mulheres e três homens perderam a vida por causa dos tiros. Três pessoas sobreviveram ao ataque e uma delas contou sobre a ação do atirador. “Tenho que fazer isso. Vocês estupraram as nossas mulheres e estão tomando nosso país”, teria afirmado Roof às vítimas, segundo a testemunha.

Manifesto

Um manifesto atribuído a Dylann Roof explica seu ódio aos negros e a motivação para o crime, além de dizer que o Brasil faz parte de um grupo de países “hispânicos” que “são nossos inimigos”. “Escolhi Charleston porque é a cidade mais histórica do meu Estado e já teve a maior proporção de negros no país”, diz o texto. “Não temos skinheads, KKK [Ku Klux Klan, milícia de supremacia branca], ninguém fazendo nada, a não ser falar na internet. Alguém tinha que ter a bravura de fazer algo no mundo real e acho que esse alguém tem que ser eu.”

O manifesto também diz que negros têm “QI inferior”. O FBI (polícia federal norte-americana) está investigando o manifesto e o site. O site exibe 34 fotos de Roof, nas quais ele queima a bandeira dos EUA e segura a dos Estados Confederados.

Raça

O escritório responsável pelo Censo dos EUA experimenta novas maneiras de perguntar aos norte-americanos sobre sua raça ou sua origem na pesquisa de 2020. Entre as alternativas está a eliminação das palavras “raça” e “origem”, revelou o Pew Research Center. (AD e Raul Juste Lores/Folhapress)

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https://www.osul.com.br/autor-de-massacre-em-igreja-foi-entregue-a-policia-pelo-pai/ Assassino de 9 pessoas em igreja nos Estados Unidos foi entregue à polícia pelo próprio pai 2015-06-21
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