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Por Redação O Sul | 21 de agosto de 2017
A lícia da Catalunha anunciou, nesta segunda-feira (21), que Younes Abouyaaqoub foi morto durante uma operação policial em Subirats, na comarca de Alt Penedès, a 45 km Barcelona.A polícia da Catalunha chegou a confirmar no Twitter que Abouyaaqoub foi morto durante a operação, mas apagou a publicação logo em seguida.
Confirmem la mort de Younes Abouyaaqoub, abatut a l'incident de #Subirats pic.twitter.com/TD2r4mwCUW
— Mossos (@mossos) August 21, 2017
Abouyaaqoub foi identificado como condutor da van do ataque terrorista em Barcelona, que deixou 13 mortos e mais de 100 feridos. Mais duas pessoas morreram na Catalunha em incidentes ligados ao atentado, que foi reivindicado pelo Estado Islâmico.
O terrorista portava um suposto cinturão de explosivos, que foi examinado por um robô na cena do incidente – ainda não está claro se os explosivos eram verdadeiros ou não. De acordo com fontes do jornal “El País”, ele gritou “Alá é grande” ao ser surpreendido pela polícia catalã.
De acordo com informações confirmadas pela polícia, a operação – que segue em curso – foi desencadeada após autoridades receberem o aviso da “presença de uma pessoa suspeita” em Subirats.
De acordo com a imprensa local, um agricultor reportou às autoridades que um homem parecido com Abouyaaqoub estava na região e ao ser interceptado, o homem correu em direção aos vinhedos do local.
Motorista
A polícia autônoma catalã informou mais cedo que Younes Abouyaaqoub dirigia a van usada no ataque em La Rambla. O suspeito, que seria marroquino e teria 22 anos fugiu após o ataque. Ele integraria uma célula terrorista que planejava executar vários ataques na capital da Catalunha.
De acordo com o jornal espanhol “El Mundo”, depois do atropelamento em massa em La Rambla, Abouyaaqoub correu até o mercado La Boquería. Em seguida, dirigiu-se para a Cidade Universitária onde pegou o carro de Pau Pérez, de 34 anos. Pérez morreu após ser esfaqueado pelo terrorista.
Abouyaaqoub então avançou com carro contra policiais em um posto de controle da cidade abandonou o veículo com o corpo esfaqueado dentro.
Com a morte de Pérez, subiu para 15 pessoas o número de pessoas mortas no ataque na Rambla e em incidentes ligados ao atentado. Além de Pérez, uma espanhola morreu em um segundo atropelamento na cidade litorânea de Cambrils.
Segundo autoridades catalãs, todas as vítimas já foram identificadas.
Vítimas identificadas
A Polícia da Catalunha afirmou, nesta segunda-feira (21), que identificou todas as vítimas do ataque terrorista em Barcelona.
No total, 150 profissionais foram mobilizados para identificar as 13 pessoas mortas no atropelamento em massa em La Rambla, uma vítima de um segundo atropelamento em Cambrils e um homem, que foi esfaqueado e morto durante a fuga de Younes Abouyaaqoub, que dirigia a van que atropelou mais de 100 pessoas.
Entre os 15 mortos e 130 feridos nos atentados na Catalunha há pessoas de 34 nacionalidades diferentes:
Outras nacionalidades e feridos
O governo francês confirmou que oito cidadãos, inclusive quatro crianças, estão em estado grave após o ataque. Um total de 28 franceses ficaram feridos após o ataque, de acordo com o ministro das Relações Exteriores, Jean-Yves Le Drian.
Quatro canadenses também ficaram feridos, de acordo com um comunicado do primeiro-ministro, Justin Trudeau. O governo italiano, ao confirmar a morte de dois de seus cidadãos, falou ainda que há mais três feridos, e as autoridades belgas informam terem notícia de dois feridos, um deles em estado grave.
A Austrália diz que quatro de seus cidadãos ficaram feridos, incluindo duas mulheres em estado grave, porém uma delas com quadro estável.
Os governos do Equador, da Venezuela e da Argentina informam que há dois cidadãos de cada um dos países entre os feridos, todos sem gravidade.
A chancelaria de Cuba afirma que quatro cubanos continuam hospitalizados e um quinto, que teve ferimentos leves, já foi liberado pelos médicos. Também foram confirmadas entre os feridos, pelos governos de seus países, uma cidadã peruana e uma hondurenha.
Entre os feridos estão ainda dois dinamarqueses, três holandeses e um chinês de Hong Kong. O governo das Filipinas também informou ter conhecimento de quatro cidadãos irlandeses, descendentes de filipinos, que ficaram feridos no atentado. O Itamaraty disse que não há notícias de brasileiros entre as vítimas. (AG)