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Mundo Um avião pegou fogo ao pousar na Rússia e deixou feridos

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Boeing 737 da companhia russa Utair levava 164 passageiros e seis tripulantes. (Foto: Reprodução)

Um Boeing 737 da companhia aérea russa Utair pegou fogo após pousar no aeroporto de Sochi, perto do Mar Negro, neste sábado (1º), informou a agência de notícias Associated Press. Dezoito pessoas ficaram feridas, entre elas três crianças, segundo o Ministério de Saúde da Rússia. Um funcionário do aeroporto, Vladimir Begiyan, morreu de ataque cardíaco no local durante as operações de resgate, disse o ministro do Transporte russo, Yevgeny Ditrikh.

O avião, que tinha partido de Moscou, transportava 164 passageiros e seis integrantes da tripulação. Ele patinou na direção de um rio por volta das 3h (horário de Brasília), segundo a France Presse. A aeronave perdeu partes da fuselagem, da asa e do trem de pouso e começou a pegar fogo. As chamas se extinguiram em cerca de oito minutos, de acordo com o aeroporto.

Alguns dos feridos tiveram queimaduras, outros sofreram intoxicação por monóxido de carbono, afirmaram autoridades. De acordo com a imprensa russa, o jato tentava pousar com ventos e chuva forte no momento do incidente.

O Comitê de Investigação da Rússia iniciou uma apuração criminal sobre o caso, “por suspeita de serviços inadequados com risco à saúde dos clientes”, segundo a BBC.

Paraquedas

“Em caso de despressurização, máscaras cairão automaticamente. Puxe uma delas, coloque-a sobre o nariz e a boca, ajustando o elástico em volta da cabeça, e depois auxilie os outros, caso necessário. Em caso de pouso na água, lembre-se que seu assento é flutuante”: Se você já viajou ou faz viagens frequentes de avião, está bastante acostumado com esses avisos e até já decorou essas instruções de segurança faladas pelos comissários de voo. Em nenhum momento eles dizem: “O seu paraquedas está localizado abaixo de seu assento para seu uso em caso de uma pane no avião”.

Realmente, os voos comerciais não contam com esse equipamento. Mas qual será o motivo? Os cintos de segurança e airbags em carros salvam muitas vidas. Assim como os paraquedas salvam pessoas que, por diversas razões, precisam sair velozmente de um avião em pleno voo, geralmente em aeronaves menores ou da força aérea.

Porém, em voos comerciais, os paraquedas não estão disponíveis em casos de emergência, e isso tem explicação. A primeira é porque é quase certo que eles não iriam salvar a vida de ninguém. Mas, antes de falar sobre isso, vamos observar as características dos aviões mais conhecidos para voos comerciais.

Talvez os aviões comerciais mais populares do mundo sejam os da “família” Boeing 737. Por exemplo, o 737-800 pode transportar cerca de 200 pessoas (incluindo a tripulação). Embora as suas velocidades possam variar um pouco, o 737-800 viaja a cerca de 965 km/h, quando a sua altitude de cruzeiro é de cerca de 10,6 mil metros (35 mil pés). Altitudes de cruzeiro são atribuídas por controladores de tráfego aéreo e ficam geralmente até 12 mil metros, exceto para voos mais longos, que podem ir um pouco mais alto.

Em voos específicos para a prática de paraquedismo, o avião normalmente viaja entre 130 a 180 km/h quando o paraquedista salta. Os saltos em queda livre acelerada ocorrem entre três a quatro mil metros, enquanto saltos estáticos podem acontecer em altitudes mais baixas, como mil metros.

Paraquedistas experientes podem dar saltos mais arriscados, embora quando as descidas começam em altitudes maiores, de 4,5 mil metros, o risco de hipóxia (deficiência de oxigênio) aumenta significativamente, afetando a tomada de decisões seguras e eficazes em momentos críticos.

Por essa razão, os paraquedistas que saltam a 4,5 mil metros ou mais transportam oxigênio suplementar. Agora, imagine um salto a seis mil metros ou mais, como seria o caso de saltar de um avião comercial a 10,6 mil metros? O risco de falta de oxigênio é extremamente maior, além da velocidade da aeronave também ser mais rápida.

Além disso, cada paraquedas pode pesar cerca de 18 quilos e o equipamento é caro. Para ser totalmente equipado — com o paraquedas principal, o reserva, DAA (Dispositivo de Acionamento Automático), altímetro, macacão, capacete e óculos —, um “kit” completo custaria mais de 13 mil reais cada.

Isso sem contar que seria necessário um “minicurso” de treinamento de, no mínimo, quatro horas, pois a utilização do equipamento não é tão simples, ainda mais em situações de pânico e para quem nunca usou. Por isso, quem se aventura em um salto por diversão, o faz com a companhia imprescindível de um instrutor capacitado.

Em uma situação em que o avião está caindo, você tem pouquíssimo tempo para pegar o paraquedas e colocá-lo corretamente, tendo ainda que manter a máscara de oxigênio presa e também o cinto de segurança para não ser arremessado na cabine. Considerando essas variáveis, é improvável que a disponibilidade do equipamento salve muitas vidas.

 

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https://www.osul.com.br/aviao-pega-fogo-ao-pousar-em-sochi-na-russia-e-deixa-feridos/ Um avião pegou fogo ao pousar na Rússia e deixou feridos 2018-09-01
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