Sábado, 20 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 5 de janeiro de 2016
A família do menino de 4 anos que aparece fardado no vídeo de execuções mais recente do EI (Estado Islâmico) está fazendo um apelo público pelo retorno da criança à Inglaterra. Segundo publicou o jornal inglês The Sun, a mãe da criança, identificada apenas como Grace, teria fugido de casa para se juntar ao grupo extremista e mudou seu nome para Khadijah.
Apelo.
“Ele é apenas uma criança. Grace, Grace, volte para casa com meu neto. Volte para nós, amamos você, venha e enfrente as críticas. Você causou isso a você, você tem que enfrentar as consequências”, apelou emocionado Henry Dare, também conhecido como Sunday, o pai de Grace, ao jornal inglês. O homem de 59 anos, chamou os integrantes do grupo de “monstros” por usarem uma criança de apenas 4 anos como ferramenta de propaganda de um vídeo tão brutal de execução.
Escudo.
O menino, chamado Isa, participou da gravação que mostra a execução de supostos espiões britânicos, vestindo roupas militares e um lenço do EI amarrado na cabeça. “Nós matamos os kuffar [não-crentes] ali”, diz o garoto, apontando para um local atrás dele. “Ela deixou a todos nós mal. Trouxe vergonha para nossa família. Aquele vídeo é apenas uma propaganda. Ele é um menino pequeno, não conheceu nada além disso. Eles vão usá-lo como escudo”, disse o avô.
Lavagem cerebral.
Khadijah, que a família acredita que tenha passado por lavagem cerebral, foi criada como cristã em Lewisham, no sudeste de Londres, e fugiu em 2012. A inglesa foi casada com um combatente sueco que foi morto. A mulher seria a mesma que publicou uma foto de um menino segurando um rifle em uma zona de guerra na Síria. Ela ainda teria prometido que seria a primeira mulher responsável pela decapitação de reféns e teria sido filmada fazendo disparos em um documentário do Channel 4 sobre o grupo extremista. (AG)