Quinta-feira, 25 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 19 de junho de 2016
O presidente da Azul, Antonoaldo Neves, destacou a expansão das atividades da companhia aérea no Rio Grande do Sul durante o 1º Workshop de Aviação para Jornalistas, realizado na sede da empresa, em Barueri (SP), nos dias 16 e 17 deste mês. No evento, que contou com a participação do jornal O Sul, ele ressaltou a relação “muito boa” da companhia com o Estado e afirmou que a Azul planeja operar voos do RS para o balneário uruguaio de Punta Del Este, de maneira sazonal, na alta temporada.
No Rio Grande do Sul, a empresa opera em seis aeroportos (Porto Alegre, Pelotas, Caxias do Sul, Passo Fundo, Santa Maria e Uruguaiana), transportando mais de 170 mil clientes por mês em cerca de 40 voos diários. No dia 1º de julho, a Azul passará a oferecer voos entre Porto Alegre e Montevidéu, no Uruguai, quatro vezes por semana. Em 1º de setembro, será inaugurada a rota Porto Alegre-Santo Ângelo.
Antonoaldo destacou a importância da aviação regional para o País e ressaltou o acordo de redução de ICMS com o governo gaúcho para incentivar o setor. “O Brasil precisa da aviação regional”, afirmou. Ele disse que o alto preço do querosene de aviação nas cidades do interior do País eleva os custos dos voos regionais e que esse tipo de operação está sofrendo muito com a crise econômica. O executivo mostrou-se apreensivo diante das dificuldades financeiras enfrentadas pelo RS.
“Avião cheio não é avião rentável”, disse ao explicar que o preço da tarifa aérea tem maior influência para o bom desempenho de um voo em termos de lucratividade do que o número de passageiros a bordo. “A gente nunca pode prometer que um voo não vai acabar”, declarou ao ser questionado sobre rotas já existentes. “O setor é sazonal”, completou, citando o exemplo da Região Sul, cujo clima apresenta grandes mudanças de temperatura ao longo do ano.
O vice-presidente de Clientes da empresa, Sami Foguel, destacou que a companhia sempre foi muito inovadora. Ele citou como exemplo a TV ao vivo para os clientes a bordo e afirmou que a empresa está digitalizando a experiência dos passageiros nos aeroportos e as tarefas operacionais dos funcionários. Também palestraram para os jornalistas a diretora de Aeroportos, Elisabete Antunes; a gerente-geral de Cargas, Izabel Reis; e o diretor de Planejamento e Alianças, Marcelo Bento.
Segurança
O diretor de Qualidade e Segurança Operacional da empresa, Ivan Carvalho, apontou problemas de segurança nos aeroportos utilizados para a aviação regional no País. Segundo ele, alguns desses terminais, administrados pelas prefeituras, apresentam vegetação alta, que prejudica a iluminação da pista; falta de cercas, possibilitando a entrada de animais, como capivaras; e asfalto em más condições.
Em relação aos grandes aeroportos, o comandante citou como os mais seguros Guarulhos, Campinas e Brasília. Sobre o Salgado Filho, em Porto Alegre, ele observou que a conservação da pista “poderia melhorar”. (Marcelo Warth)