Geral Bancário que atropelou ciclistas em Porto Alegre é considerado foragido pela polícia
Por Redação O Sul | 7 de outubro de 2019
Condenado pelo atropelamento de ciclistas no bairro Cidade Baixa, em Porto Alegre, o bancário Ricardo José Neis está foragido. De acordo com a Polícia Civil, agentes estiveram na última semana no apartamento do homem e não o encontraram. Neis também não se apresentou à polícia. O bancário foi condenado em novembro de 2016 pelo Tribunal do Júri por 11 tentativas de homicídio e cinco lesões corporais, mas com possibilidade de recorrer em liberdade.
Conforme o subchefe da polícia, Fabio Motta Lopes, a corporação seguirá tentando a captura do culpado. A polícia prefere não detalhar o método que usará, apenas afirma que contará com informações de inteligência. Para o Ministério Público, Neis necessita ficar preso para “a garantia da ordem pública e por conveniência da instrução criminal”.
O advogado de Neis, Manoel Castanheira, entende que o cliente não pode ser considerado um foragido. Para ele, Neis seria foragido se tivesse sido preso e fugido depois. “Eu sempre digo, dentro dessas perguntas, que é uma obrigação da polícia encontrá-lo, mas não é uma obrigação dele se entregar. O Estado é que tem que exercer a função, ônus público, de procurá-lo. Ele não tem obrigação nenhuma”, destaca.
O caso
Ricardo Neis foi condenado em novembro de 2016, após dois dias de julgamento na 1ª Vara do Júri da Capital. Ele atropelou um grupo de ciclistas que participava de uma pedalada do movimento Massa Crítica em 2011. Servidor público federal, ele não perdeu o cargo.
No momento do ocorrido, ele dirigia um Golf e estava com o filho no carro. Ele teria ficado irritado ao ver a passagem bloqueada quando circulava na Rua José do Patrocínio, na Cidade Baixa, por volta das 19h do dia 25 fevereiro de 2011. As imagens do atropelamento, que foram gravadas por participantes do ato, mostram Neis fazendo o que muitos chamaram de um “strike” de ciclistas.
