Sexta-feira, 19 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 6 de setembro de 2016
O Copom (Comitê de Política Monetária) do BC (Banco Central) avaliou nesta terça-feira (06), por meio da ata da sua última reunião, que manteve os juros estáveis em 14,25% ao ano, que a inflação registrou resultados acima do esperado no curto prazo (últimos meses) e acrescentou que as estimativas para 2017 recuaram, mas em “velocidade aquém da perseguida”.
“Há riscos de curto prazo para a inflação no Brasil. A elevação nos preços dos alimentos persiste. Em contrapartida, preços no atacado já mostram alguns sinais de arrefecimento. Com a transmissão dos preços do atacado para o varejo, é possível que ocorra uma reversão desses preços ao consumidor, diminuindo riscos de efeitos secundários desse choque sobre outros preços na economia”, afirmou o Copom.
Para 2017, a previsão, no cenário de referência (juros e câmbio estáveis), já aponta para a meta central de 4,5%, mas considerando a estimativa dos analistas do mercado financeiro para juros e câmbio, ainda está em 5,1% – com queda de 0,2 ponto percentual em relação ao último encontro do Copom.
Ajuste fiscal
Na ata do Copom, o BC novamente destacou a importância de levar adiante o ajuste fiscal. Para melhorar as contas públicas, a equipe econômica propõe um teto para os gastos públicos pelos próximos 20 anos, englobando saúde e educação, além de uma reforma da Previdência Social, com a instituição de uma idade mínima de 65 anos para a aposentadoria de homens e mulheres. Esses são os dois pilares do ajuste das contas públicas.
Segundo a autoridade monetária, os riscos se apresentariam caso “houvesse percepção de que os ajustes seriam abandonados ou postergados significativamente”. “Nesse cenário, o processo desinflacionário tenderia a ser mais lento, aumentando os custos de levar a inflação para a meta”, avaliou o BC. (AG)