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Futebol Batizado por Felipão, Adenor virou Tite, o técnico da Seleção na Rússia

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O treinador, que confirmou a manutenção do time que enfrentou a Costa Rica para o confronto contra a Sérvia. (Foto: Reprodução/Instagram/Tite)

Nem todo mundo sabe, mas o nome do técnico da Seleção Brasileira, conhecido como Tite, é Adenor. Quem deu o apelido foi outro técnico: Felipão. A história do comandante do selecionado na Rússia começa no Rio Grande do Sul.

Aos 12 anos Tite conseguiu um lugar no time do povoado de São Braz, distrito de Caxias do Sul, onde nasceu e onde aprendeu futebol com o treinador e pai, Agenor. “Meu pai tem o legado da lealdade, da honestidade”.

A Seleção Brasileira não tem um técnico estrangeiro; é, no máximo, um filho de São Braz, descendente de italianos do tipo que preserva o idioma. O tempo dos imigrantes. Preservam a história, a máquina de costura, os detalhes da casa quase centenária construída por Fermino Bachi, o avô de Tite, que virou museu.

Lá pelos anos 40, a sala do vovô Bachi era muito concorrida. Os amigos se reuniam em torno do único rádio do povoado. As notícias vinham do Rio, de São Paulo, lá do Sudeste, onde um dia o neto seria famoso. Na casa nasceu também o pai de Adenor, o menino que deixou a pequena São Braz para pegar a estrada do futebol e virar Tite, a 13 quilômetros de distância.

Altemir, o Tite, estudava com Adenor, o Ade, e jogavam no time da escola municipal de Caxias. Luís Felipe Scolari, então jogador do Caxias, viu futebol em Tite e Ade. “O Luís Felipe convidou para ir para o júnior do Caxias, juvenil do Caxias”. Tite não foi. Só o Ade. E o Felipão implicou com o nome.

“Adenor não é jogador de futebol. Então coloca o apelido daquele teu colega que não veio, então aí ficou o Ade sendo Tite”, conta Altemir.

Levou o apelido primeiro para uma carreira de jogador profissional. O maior feito do meia Tite foi no Guarani de Campinas: vice-campeão brasileiro em 86.

Mas sofreu a carreira toda com os joelhos. Foram oito cirurgias e algumas artroscopias mais. Desistiu de jogar aos 27 anos. “Nas minhas últimas operações, eu questionei, eu questionei Deus: o que que eu fiz para merecer isso?”, revela Tite.

Sempre encontrou refúgio na mão segura de Rose, a gringa do interior pela qual se apaixonou na adolescência. Foi um longo zero a zero. E já são 34 anos de casamento. Estão sempre juntos vendo futebol.

Foi um início difícil como treinador. Andou por clubes modestos do Rio Grande até que o Caxias resolveu apostar nele de novo. E o treinador floresceu.

Título e Tite passaram a se confundir: campeão gaúcho com o Caxias em 2000 e entrada definitiva na vitrine dos grandes clubes. Nenhum foi tão marcante quanto o Corinthians.

É o maior vencedor da história do clube. Foram seis títulos: dois brasileiros e uma Libertadores da América. Desafio maior: superar o Chelsea da Inglaterra na final do mundial de clubes.

“Não tem ‘dá licença’, tem é competir”, explica o técnico.

Campeão do mundo em 2012, sem pedir licença. Estava pronto para a Seleção. Apostou que seria o técnico a suceder a Felipão depois do Mundial.

A vez chegou com a Seleção em crise, em sexto lugar nas eliminatórias, mas engatou uma histórica sequência de vitórias e o Brasil se classificou para o Mundial com quatro rodadas de antecedência.

Fama e popularidade explodindo, tudo dando certo, reclamar de quê? Mas o bom, às vezes, é ser só o gringo ou, chance rara de folga, usar a camisa 14 do Carrossel, um time de velhos amigos de Caxias do Sul.

A corridinha meio capenga entrega as limitações do joelho, mas os toques de calcanhar e os passes inteligentes resgatam o meia habilidoso.

O Carrossel tem o irmão, Miro, zagueiro seguro, e o filho Matheus, com quem Tite tabela também na Seleção: é auxiliar técnico do pai, a quem deu o primeiro neto, o Lucca.

Um gringo de longos abraços e velhas amizades. E ficar perto do coração gigante de dona Ivone, a referência de espiritualidade de Adenor. Toda visita tem oração.

“Essa oração que a gente faz junto, tem o cunho da oração, mas tem o cunho do filho está do lado da mãe também”, diz Tite.

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