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Brasil Bióloga da Fiocruz descobre que transmissão do zica também pode ser por pernilongo comum

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Pesquisa encontrou pela primeira vez mosquitos Culex carregando vírus da Zika (Foto: AFP)

A bióloga Constância Ayres, da Fiocruz Pernambuco, fez uma descoberta inédita que tem o potencial de proporcionar um salto no conhecimento dos cientistas sobre o vírus Zika, e mudar radicalmente a estratégia brasileira de prevenção dele. Ayres conseguiu encontrar, pela primeira vez, pernilongos carregando o vírus na natureza.

Na quinta-feira (21), a Fiocruz anunciou oficialmente que o mosquito Culex quinquefasciatus, conhecido como muriçoca ou pernilongo doméstico, também pode transmitir o vírus que causa microcefalia e malformações em bebês. Até então, cientistas acreditavam que o mosquito Aedes aegypti era o principal vetor do vírus no Brasil. Agora, de acordo com Ayres, os cientistas precisam determinar qual das duas espécies é a mais importante na epidemia de Zika no Brasil.

Durante o anúncio, a Fiocruz afirmou que, até que se compreenda a importância do pernilongo na epidemia, a política de controle da Zika continuará focada no Aedes aegypti. Mas dependendo dos resultados, seria necessária uma “mudança radical” na atual estratégia atual de controle da epidemia, afirma a pesquisadora. “Não existem estratégias de controle do Culex no Brasil. Isso vai ter de mudar radicalmente”, disse.

A pesquisa analisou 500 pernilongos capturados na Região Metropolitana do Recife. Eles foram obtidos em locais onde havia casos notificados de Zika, segundo Ayres, para aumentar a possibilidade de se encontrar o vírus no ambiente. Os pernilongos foram divididos em 80 grupos e o vírus foi encontrado em três deles. Em dois destes grupos, de acordo com a Fiocruz, os mosquitos não estavam alimentados. Isso demonstra “que o vírus estava disseminado no organismo do inseto e não (foi contraído) em uma alimentação recente num hospedeiro infectado”.

No laboratório, a equipe de Ayres alimentou os mosquitos com uma mistura de sangue e vírus, para entender como o Zika se replica dentro dos insetos. Em seguida, os pesquisadores investigaram o intestino e a glândula salivar dos mosquitos. Se o pernilongo não fosse vetor, seu intestino bloquearia o desenvolvimento do vírus dentro do organismo.

Mas, se o vírus conseguisse se replicar, ele chegaria até a glândula salivar do Culex e poderia ser transmitido para humanos durante a picada. Dessa forma, a equipe de Ayres confirmou que o Culex pode carregar o vírus em seu organismo. Amostras da saliva dos pernilongos infectados foram analisadas, e continham quantidades de vírus semelhantes às encontradas na saliva do Aedes aegypti. (AG) 

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