Gladis Pedroso, beldade Black de Porto Alegre, retratada por João Fahrion na década de 1950. (Foto: Lenara Petenuzzo/especial)
Gasparotto
A frase de Ulisses Tavares expressa bem o sentimento da atualidade: “Olha de novo: não existem brancos, não existem amarelos, não existem negros: somos todos arco-íris.”
O Baile de Carnaval da Revista Vogue, cujo tema foi Pop África, numa proposta de reverenciar o continente negro, suscitou muitas manifestações na imprensa. Pessoalmente, sou grande admirador da África e da diversidade dos 54 países que compõem sua grande área. Devido a condições especiais, conheço algumas das regiões – parte do norte e toda a África do Sul, para onde já estive inclinado a emigrar.
Uma de minhas primeiras amigas, paixão de infância, foi das mais belas negras do bairro Menino Deus, e de Porto Alegre. Chamava-se Gladis Pedroso, musa inspiradora de artistas como João Fahrion, este, autor de vários retratos dela – um deles ilustrando este comentário. Sempre fui encantado pelas mulheres negras, e um dos meus orgulhos é minha querida Deise Nunes ter representado a beleza gaúcha, saindo vencedora, no concurso de Miss Brasil. Portanto, acho uma bonita homenagem prestada à África e ao Black People.
Para completar, registro o comentário de uma importante professora e intelectual caucasiana, que vive entre São Paulo e os principais centros de cultura dos Estados Unidos: “Once black, you never go back”.