Colunistas Blairo Maggi diz, em Cachoeira do Sul, que “não tenho medo de decidir”

O ministro da Agricultura Blairo Maggi (Foto: José Cruz/Agência Senado)

Ao abrir oficialmente ontem a 19a- Fenarroz (Festa Nacional de Arroz), em Cachoeira do Sul, atendendo a convite do deputado federal José Otávio Germano, o ministro da Agricultura, Blairo Maggi, deixou claro como é o seu modo de agir e como vai atuar no comando da política do agronegócio do País.

“Não tenho medo de decidir e farei isso. Esse ministério não terá a oportunidade de confusão. O partido ao me convidar, eu disse isso muito claro: não estou aqui para arrumar as coisas para o partido. Só serei ministro se for para ajudar a resolver os problemas do agronegócio. Deixo bem claro: se algo começar a andar errado, não me deixem passar por enganado nesse processo. É assim que nós vamos resolver os problemas da agricultura porque como agricultores somos transparentes. Todo mundo sabe o que nós fizemos, quanto temos no banco, quanto temos de crédito. Então não queremos confusão no ministério e nem vamos dar guarida a isso.” Maggi já confirmou sua vinda ao Estado para a Expointer ao anunciar que “a próxima vez que venho ao Estado será na Expointer”.

Interpol recebe dados de fraudes em exportações

Vice-presidente de mercados da Associação Brasileira de Proteína Animal, Ricardo Santin, levou a delegados da Polícia Federal e da Interpol, em Brasília, novos casos de fraudes e falsas vendas no Brasil e no exterior, relativos aos setores de carne de frango e de suínos. Já são mais de 500 casos documentados e já entregues para o inquérito, envolvendo empresas de variados portes.

A volta da Secretaria dos Deficientes

A decisão do presidente interino Michel Temer de recriar a Secretaria Nacional de Promoção dos Direitos da Pessoa com Deficiência, que havia sido extinta pela presidenta afastada Dilma Rousseff, levou o vereador Paulo Brum (PTB) a pedir a retirada da moção de repúdio que tinha proposto na Câmara de Porto Alegre, à MP (medida provisória) que extinguiria o órgão. Brum avalia que “O movimento foi à luta e conseguiu sensibilizar o presidente em exercício e manter essa conquista”.

Padilha quer alinhar conselhos das estatais

Depois de identificar o descompasso entre as ações dos dirigentes de algumas estatais e seus conselheiros na implantação dos projetos do presidente Michel Temer, o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, confirma a orientação de mudar a composição destes órgãos. Padilha identificou um clima de acirramento em algumas estatais, onde integrantes dos conselhos estariam desafinados com a filosofia dos novos dirigentes. A mudança já tem data para começar, segundo Padilha: “será para ontem”.

Prioridades identificadas

Algumas estatais, especialmente no setor financeiro, terão prioridade pela responsabilidade de implementar políticas de governo. Este é o caso do BNDES, Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Telebrás, Itaipu Binacional, dentre outras. O governo identificou a presença de ex-ministros em diversos conselhos, inclusive como forma de complementação de renda, como é o caso de Jaques Wagner (Casa Civil) e o assessor especial da Presidência Giles Azevedo, no conselho da Usina Hidrelétrica de Itaipu; Luís Inácio Adams e Waldir Simão nos conselhos da Brasilprev e da Brasilcap, coligadas do Banco do Brasil; Aloizio Mercadante e Edinho Silva, na BB Mapfre, empresa de seguros do Banco do Brasil, e Miguel Rossetto, no BNDES. No Conselho da Itaipu Binacional, o governo quer substituir o ex-governador do Rio Grande do Sul Alceu Collares, Maurício Requião, filho do ex-governador do Paraná Roberto Requião, e Roberto Amaral.

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