Sexta-feira, 19 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 15 de abril de 2017
O BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) informou que vai investigar internamente denúncias feitas por delatores da Odebrecht referentes a um suposto favorecimento à empresa em Angola e à contratação de uma consultoria por 12 milhões de reais a pedido de Luiz Eduardo Melin de Carvalho, então chefe de gabinete do então ministro da Fazenda, Guido Mantega.
Dois inquéritos foram abertos pelo ministro Luiz Edson Fachin, relator da Operação Lava-Jato no Supremo Tribunal, a pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR), para investigar as afirmações dos delatores. A investigação interna do BNDES será feita por uma comissão.
Segundo o banco estatal, “as citações de que o BNDES tomou conhecimento até o presente momento referem-se à suposta participação de Luiz Eduardo Melin de Carvalho e Silva e de Álvaro Luiz Vereda Oliveira no processo de aprovação, pelo BNDES, de financiamentos à exportação de bens e serviços de engenharia”.
Melin foi diretor Internacional e de Comércio Exterior do BNDES de janeiro de 2003 a dezembro de 2004 e de abril de 2011 a novembro de 2014 e Vereda foi assessor da presidência do BNDES de outubro de 2005 a maio de 2006, de acordo com o banco.
O BNDES faz questão de afirmar que “nenhum dos dois citados é ou foi empregado do banco, tendo, apenas, ocupado cargos de confiança na instituição”, que vai buscar apoio do Ministério Público Federal e da Polícia Federal e vai cooperar na troca de informações para que “eventuais ilícitos administrativos e penais possam ser apurados em conjunto”.