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Brasil Bolsonaro acertará o afastamento do seu filho Carlos das questões do governo

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Filho do presidente é alvo de críticas após declarações em rede social. (Foto: Reprodução/Instagram)

O presidente Jair Bolsonaro concordou nesta sexta (15) com a avaliação de auxiliares próximos da necessidade de afastar o seu filho Carlos Bolsonaro (PSC), vereador no Rio de Janeiro, das questões do governo, conforme informações do jornal O Estado de S. Paulo.

Ao longo da manhã, Bolsonaro teve uma série de conversas com ministros e assessores no Palácio da Alvorada e telefonemas para costurar o fim da crise que envolve Carlos e o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gustavo Bebianno.

Esses interlocutores que atuam na crise relataram que, pelas conversas, o acertado por Bolsonaro é que Carlos ficará fora de ações do Executivo e evitará mensagens nas redes sociais com ataques e críticas a integrantes da equipe do presidente.

Um dos interlocutores disse à reportagem, porém, que “ninguém” é “ingênuo” de achar que Carlos se concentrará, daqui para frente, no seu trabalho na Câmara de Vereadores do Rio. Essa fonte lembra que, em outros episódios de divergência no âmbito do Planalto, o filho do presidente se ausentou do dia-a-dia do palácio, mas depois voltou a atuar e interferir nas discussões de governo.

Carlos, observou esse interlocutor, é o filho mais próximo de Bolsonaro e, na campanha, comandou com êxito as redes sociais do pai. Ele continua tendo “olheiros” dentro do Planalto. Um deles é o primo Leonardo Rodrigues de Jesus, o Léo Índio, que, embora não tenha cargo formal na Presidência, circula com um crachá de acesso ao terceiro e quarto andar do palácio, áreas restritas, sem qualquer impedimento.

Entenda o caso

A tensão instalada entre o presidente Jair Bolsonaro e o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gustavo Bebianno, causou preocupações entre membros do governo e a base no Congresso. O caso, que tem origem em suspeitas de financiamento de candidaturas laranjas pelo PSL e desavenças antigas entre o ministro e o vereador Carlos Bolsonaro, chegou ao seu ponto de ebulição após o presidente admitir a possibilidade de Bebbiano sair do governo. A crise ocorre no momento em que o Planalto tenta manter coesão para as negociações da pauta de votação mais importante no Legislativo, a da reforma da Previdência.

No início de fevereiro, surgiram suspeitas de que esquemas de financiamento de candidaturas laranjas tenham ocorrido durante as eleições de 2018 no partido do presidente, o PSL. O primeiro integrante do governo citado no caso foi o ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, que era presidente do diretório do PSL em Minas Gerais.

Segundo reportagem do jornal Folha de S. Paulo, quatro candidatas em Minas receberam R$ 279 mil do comando nacional do partido. Elas ficaram entre as 20 candidaturas do partido que mais receberam recursos no País, mas tiveram baixa votação – menos de mil votos cada uma -, o que levantou a possibilidade de que as candidaturas tenham sido de fachada. O ministro negou as acusações. Essa seria a primeira de uma série de suspeitas relacionadas a repasse de recursos para candidaturas do PSL.

Bebianno implicado

O ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gustavo Bebianno, foi implicado diretamente nas suspeitas de financiamento de candidaturas laranjas cerca de dez dias após a primeira reportagem sobre o caso. Bebianno, então presidente do PSL e coordenador da campanha de Bolsonaro à Presidência, teria aprovado o repasse de R$ 250 mil para a candidatura de uma ex-assessora.

As prestações de conta mostram que o dinheiro foi repassado a uma gráfica em um endereço de fachada, que não tinha máquinas para impressões em grande escala. Enquanto Bebianno era presidente da sigla, sete candidatos do PSL repassaram R$ 1,2 milhão a uma empresa de um dirigente do partido.

PF instaura inquérito

A Polícia Federal entrou no caso oficialmente na terça-feira, quando intimou uma candidata a deputada federal pelo PSL, acusada de ter sido laranja durante as eleições, a prestar depoimento. A Procuradoria Regional Eleitoral e a Polícia Civil de Pernambuco também estão apurando o caso.

No dia seguinte, o presidente Jair Bolsonaro disse, em entrevista à TV Record, que havia dado “carta branca” ao ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, para investigar o caso através da PF.

Desmentido

Carlos Bolsonaro, filho do presidente, foi às redes sociais para dizer que Gustavo Bebbiano mentiu ao afirmar que teria conversado três vezes com o presidente na terça. Ele também publicou um áudio que indica ter sido gravado pelo presidente em que Bolsonaro diz a Bebianno que não falará com ninguém.

“Falei três vezes com o presidente”, havia dito Bebianno em uma entrevista ao jornal O Globo, em que negou ser motivo de instabilidade no governo. Horas depois, Jair Bolsonaro endossou os ataques do filho ao republicar a mensagem, no Twitter, que continha o áudio.

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https://www.osul.com.br/bolsonaro-acertara-o-afastamento-de-seu-filho-carlos-das-questoes-do-governo/ Bolsonaro acertará o afastamento do seu filho Carlos das questões do governo 2019-02-15
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