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Por Redação O Sul | 24 de fevereiro de 2019
Na manhã desse domingo, o presidente Jair Bolsonaro afirmou que estuda, junto ao Ministério de Desenvolvimento Regional, a instalação de placas solares ao longo dos canais do rio São Francisco, a fim de fornecer energia para o bombeamento da água. A informação foi divulgada por meio de sua conta pessoal no Twitter.
“O Ministério do Desenvolvimento Regional divulga que o projeto de integração do São Francisco está em fase conclusiva de obras, como visto em tweets anteriores. Complementamos que o Eixo Norte está em reparação e a expectativa é de que os trabalhos sejam finalizados até maio”, ressaltou.
“Estuda-se a implantação de placas solares ao longo dos canais para que a energia solar possa ser utilizada no bombeamento da água”, complementou. Em publicações anteriores, também via Twitter, o chefe do Executivo já havia salientado que a Região Nordeste “é prioridade para o governo federal”.
O consumo de energia elétrica do sistema corresponde a cerca de 80% dos custos da operação do empreendimento. De acordo com o Ministério do Desenvolvimento Regional, a demanda anual nas fases pré-operacional e operacional do projeto gira em torno de 746 mil MW.
A instalação de placas sobre espelho d’água também possibilita que a evaporação seja bastante reduzida, já que os painéis solares montados em canais bloqueiam a radiação do sol. De acordo com estimativas, uma planta fotovoltaica (painéis) de 1 megawatt pode economizar 9 milhões de litros de água por ano.
Os painéis solares ainda oferecem outra vantagem: com a ausência de luz solar, o crescimento de algas é minimizado, ajudando também na redução do custo de manutenção e aumentando a vida útil dos equipamentos.
Andamento da obra
O Ministério do Desenvolvimento Regional informou que o Eixo Norte está com 97% de avanço. Os serviços estão concentrados no dique Negreiros, em Salgueiro (PE), e, em maio, as atividades serão concluídas, a estrutura voltará a pré-operar e “as águas do ‘Velho Chico’ voltarão a percorrer os canais em direção ao Ceará”.
Já o Eixo Leste, entregue em março de 2017, tem garantido o abastecimento regular de mais de um milhão de pessoas em 35 municípios da Paraíba e de Pernambuco. Nesta semana, o governo liberou R$ 82 milhões para as obras da Adutora do Agreste, localizada no sertão pernambucano, para expandir o abastecimento na região.
A adutora já leva as águas do Eixo Leste para sete cidades e, até junho, contemplará mais três municípios de Pernambuco. No total, a primeira fase da obra vai contemplar mais de um milhão de pessoas em 23 cidades.