Quinta-feira, 28 de março de 2024
Por Redação O Sul | 8 de janeiro de 2019
O presidente Jair Bolsonaro comandou na manhã desta terça-feira (8) a segunda reunião ministerial desde a posse do novo governo. Bolsonaro assumiu há uma semana a Presidência da República. O mandato vai até dezembro de 2022.
Horas antes da reunião, Bolsonaro publicou no Twitter que o encontro desta terça se destinava a ouvir os ministros sobre “planos, propostas de enxugamento das pastas e medidas de rápida implementação”.
O presidente reuniu no Palácio do Planalto o Conselho de Governo, formado por ele, pelo vice-presidente Hamilton Mourão e por todos os ministros de Estado. A reunião começou pouco depois das 9h.
O primeiro encontro do grupo aconteceu no último dia 3, quando o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, anunciou uma série de medidas, entre as quais a revisão de contratos, exonerações e liberações de recursos feitas em dezembro.
Segundo Onyx, o governo discute o anúncio de medidas que serão implementadas pelos ministérios nas próximas semanas. Entre as ações está a revisão de normas burocráticas a fim de dar maior eficiência ao governo.
A reunião terminou pouco antes do meio-dia e o governo não anunciou medidas após o encontro, de quase três horas de duração.
O ministro do GSI (Gabinete de Segurança Institucional), Augusto Heleno, conversou rapidamente com jornalistas. Ele informou que cada ministro apresentou um “pouquinho” do seu trabalho, porém não detalhou o que foi discutido no encontro.
Sobre a proposta de reforma da Previdência em discussão no governo, Heleno disse que o texto apresentado por Bolsonaro ao Congresso Nacional precisa ser “viável” a fim de ser aprovado.
“Continua o estudo [a Previdência]. Continua aquela teoria de que a Previdência tem que ter as idades e tem que ser viável para poder ter possibilidade de ser aprovada”, disse o ministro.
Reunião anterior
A primeira reunião ministerial do governo foi realizada no último dia 3 com a presença dos 21 ministros empossados e de Roberto Campos Neto, indicado para o Banco Central.
Após o encontro, o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, anunciou uma série de medidas: revisão em cada ministério das liberações de recursos e das exonerações realizadas nos últimos 30 dias de 2018; preenchimento dos cargos de segundo e terceiro escalões por meio de “critérios técnicos”; reunir nas capitais as estruturas dos ministérios nos Estados, a fim de se permitir a venda de imóveis federais (cerca de 700 mil); revisão de todos os contratos de locação da União; revisão e “pente-fino” em todos os conselhos que atuam junto à administração direta (órgãos do Executivo).
Após a primeira reunião, Onyx Lorenzoni afirmou que houve uma “movimentação incomum” de exonerações, indicações e liberação de recursos nos últimos 30 dias da gestão Temer. Antecessor de Onyx, o ex-ministro da Casa Civil Eliseu Padilha respondeu, afirmando em nota que não houve “nenhuma anomalia”.