Sexta-feira, 19 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 26 de julho de 2019
Durante almoço na fazenda do cantor Amado Batista em Goianápolis (GO), o presidente da República, Jair Bolsonaro, afirmou nesta sexta-feira (26) que está finalizando um projeto para dar “retaguarda jurídica” a militares em missões de GLO (Garantia da Lei e da Ordem). Ele já havia sinalizado essa intenção em junho.
As operações de GLO são autorizadas pelo presidente da República para dar amparo jurídico à atuação das Forças Armadas na atividade de segurança pública, que não faz parte da sua missão organizacional.
As declarações de Bolsonaro foram feitas durante uma transmissão ao vivo em rede social da fazenda de Amado Batista. “Em GLO, uma vez cumprida a missão, o pessoal tem que ser condecorado e não processado, é uma maneira de dar um “ippon” na violência em nosso Brasil”, disse o presidente, fazendo referência a um golpe considerado perfeito em artes marciais.
Bolsonaro também defendeu mudanças nas regras de acesso a armas no País: “Continuo lutando para que o decreto das armas continue valendo, obviamente, quem sabe uma votação futura mudando o Estatuto do Desarmamento, dando a posse e porte de arma de fogo de forma mais ampla”, afirmou.
Na transmissão, o presidente agradeceu o apoio de Amado Batista, afirmando que o cantor foi uma das “primeiras pessoas do meio artístico que acreditou na gente”. O agradecimento foi retribuído por um elogio. Batista disse que tem a sorte de ter uma “pessoa corajosa e bem intencionada” como o presidente.
Estavam presentes no almoço o deputado federal Hélio Lopes (PSL-RJ); o líder do governo na Câmara do Deputados, Major Vitor Hugo; o ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva; e o governador de Goiás, Ronaldo Caiado.
O encontro com Amado Batista mobilizou um forte esquema de segurança. Diversos carros oficiais e equipes da Polícia Rodoviária Federal estavam no local. Homens do Batalhão de Operações Especiais da Polícia Militar de Goiás ficaram na estrada que dá acesso à fazenda para controlar a entrada de convidados e impedir a presença de jornalistas.
Bolsonaro é amigo do cantor e já disse publicamente que o vê como ídolo. No começo de abril, o artista foi recebido no gabinete do presidente no Palácio do Planalto, em Brasília, acompanhado do atual presidente da Embratur, Gilson Machado, que é sanfoneiro.