Quinta-feira, 18 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 13 de outubro de 2018
O candidato do PSL à Presidência da República, Jair Bolsonaro, garantiu ser “um escravo” da Constituição Federal promulgada em 1988 e criticou a ideia de convocação de uma assembleia constituinte, que chegou a constar em propostas do candidato do PT, Fernando Haddad.
“Se estamos nos submetendo ao povo, temos um norte, somos escravos da Constituição”, disse Bolsonaro nesse sábado, ao comentar um vídeo que havia gravado na casa do empresário Paulo Marinho, no Rio de Janeiro, para o horário eleitoral gratuito na TV. No material, ele apregoa a importância do respeito à Carta Magna.
Ele fez a ressalva, no entanto, de que de discorda de “alguns itens” da lei máxima do País, sem entrar em detalhes sobre quais seriam esses pontos de divergência. Ele também admitiu que, se fora eleito, o seu governo tentará alterações por meio de emendas constitucionais.
O candidato do PSL disse, ainda, que, se vencer a eleição, vai propor um novo modelo de urna eletrônica. No primeiro turno, ele pôs em xeque a confiabilidade dos equipamentos utilizados atualmente.
“Podemos mudar até a Constituição, não vai ser a urna que não vai ser mudada”, afirmou ao defender um modelo que possa ser auferido por meio de votos impressos, paralelos aos digitados na máquina. Ele lembrou que isso pode ser feito mesmo que o STF (Supremo Tribunal Federal) tenha definido a continuidade do atual sistema de votação no Brasil.
Previdência
Bolsonaro também afirmou que, se for eleito, pretende aprovar já em seu primeiro ano de governo uma reforma da Previdência elaborada por sua equipe. Ele, no entanto, não deu mais detalhes sobre esse plano.
“Caso eu venha a ser presidente do Brasil, vamos votar a nossa reforma da Previdência. Tem que chegar e fazer as mudanças que devem ser feitas, mas será a nossa própria reforma”, frisou o presidenciável, reticente, sem deixar claro quais as alterações que pretende na legislação do setor.
Ao longo da semana passada, a ideia de uma nova reforma da Previdência havia suscitado opiniões distintas dadas por dois de seus apoiadores mais próximos e possíveis integrantes do primeiro escalão em um eventual governo.
O deputado federal reeleito Onyx Lorenzoni (DEM-RS) havia descartado a hipótese de apoiar a aprovação das mudanças propostas pelo governo de Michel Temer ainda neste ano, possibilidade que no entanto foi admitida por Gustavo Bebbiano, presidente do PSL e um dos chefes de campanha de Bolsonaro.