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Brasil Bolsonaro jamais terá base para vencer as eleições presidenciais, afirma Tarso Genro

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Para Tarso, a reestruturação do PT se dará em 15 anos. (Foto: Reprodução)

O deputado federal Jair Bolsonaro (PSC-RJ) teria chances diminutas de sair vitorioso em eventual corrida presidencial, apesar do recente crescimento registrado nas pesquisas eleitorais. Essa é a leitura de Tarso Genro, um dos maiores nomes do PT no Rio Grande do Sul – ex-governador do estado e ex-ministro da Justiça –, em entrevista à BBC.

Na avaliação da experiente liderança política, o espectro político que o candidato de extrema-direita representa jamais terá base eleitoral sólida para uma disputa majoritária no Brasil.

“A polarização entre Lula e Bolsonaro caracterizaria uma disputa frontal entre um vasto campo de centro-esquerda e a direita com tendências fascistas no Brasil, que jamais terá, na sociedade brasileira, uma base eleitoral e política majoritária”, observou.

Na leitura do entrevistado, embora a greve de sexta-feira (28) tenha sido relevante, os esforços podem não ter sido suficientes para obstruir a aprovação das reformas trabalhista e previdenciária. “A execução das reformas é demandada por protagonistas muito fortes, no plano interno e externo. As instituições privadas do capital financeiro, a mídia oligopolizada e as empresas que pensam em repor sua competitividade com uma exploração cada vez mais intensiva de mão de obra barata, no que se refere à reforma trabalhista”, afirmou.

Do lado da reforma da Previdência, Genro argumenta que ela é “demandada pelos credores da dívida, interessados em um Estado pagador de seus compromissos, a quem não interessa um Estado social de direito, mas um Estado pagador da dívida pública, tanto a legítima, como a ilegítima, inflada pela manipulação do preço dos seus juros e serviços”, disse.

“O impacto da paralisação é relevante, porém, para o futuro da democracia no Brasil, pois demonstra que a esquerda e os setores democráticos que defendem um Estado social têm força para competir com o oligopólio da mídia, que é quem dirige efetivamente a pauta neoliberal no Brasil.”

Quando questionado sobre as revelações da operação Lava Jato, o ex-governador diz que há um saldo positivo, mas que também teria se transformado “em um elemento de dissolução da esfera da política e de controle dos grandes meios de comunicação oligopolizados sobre a agenda política do país”. Genro também pediu cautela acerca de conclusões tiradas com base em delações premiadas, assim como uma avaliação se os depoimentos não estariam sendo feitos para “salvaguardar as pessoas que cometeram delitos”.

“Esses depoimentos estão sendo dados num quadro de exceção aqui no Brasil, então têm que ser examinados com cuidado. Podem ter coisas verdadeiras e coisas falsas. São colocações feitas para proteger os delatores da ação penal futura [buscando punições mais leves], de acordo com negociações feitas pelo Ministério Público. Temos que avaliar é se estão sendo garantidos os respectivos direitos de defesa e se esses depoimentos não são industriados para salvaguardar pessoas que cometeram delitos, como ocorre em determinadas circunstâncias. Então não podemos ter um juízo definitivo sobre esses depoimentos porque são dados em momentos de exceção como forma de protegerem pessoas que estão denunciando.”

Para Genro, não há grandes surpresas nas revelações trazidas à tona recentemente: “essas relações da Odebrecht com o Estado brasileiro não são relações excepcionais. Todos os grandes grupos econômicos, todos os blocos de poder, de riqueza do Brasil, sempre se relacionaram com o Estado brasileiro da mesma forma”, afirmou o ex-ministro. “Organizaram o sistema político de acordo com suas necessidades oligárquicas e fazem do Estado brasileiro um servo de suas necessidades”.

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https://www.osul.com.br/bolsonaro-jamais-tera-base-para-vencer-eleicoes-presidencial-afirma-tarso-genro/ Bolsonaro jamais terá base para vencer as eleições presidenciais, afirma Tarso Genro 2017-05-02
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