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Brasil Bolsonaro pretende promover um corte nos cargos em bancos do governo

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Objetivo do presidente eleito é mapear executivos nomeados nas instituições federais em gestões passadas. (Foto: Rogério Melo/PR)

A equipe do presidente eleito Jair Bolsonaro pretende fazer um pente-fino nas próximas semanas no que classifica como “aparelhamento” dos bancos federais nas gestões do MDB e do PT. As informações, segundo integrantes da transição, estão sendo levantadas por “grupos voluntários” de funcionários de carreira do BB (Banco do Brasil), da CEF (Caixa Econômica Federal), do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), do BNB (Banco do Nordeste) e do BASA (Banco da Amazônia). Eles começaram a preparar relatórios sobre quem é quem em cargos com salários entre R$ 30 mil e R$ 60 mil.

A equipe do futuro ministro da Economia, Paulo Guedes, e dos generais da reserva que atuam na organização do próximo governo solicitou formalmente um outro relatório: a lista de apadrinhados em toda a máquina pública, com destaque para os bancos. Esta triagem está sendo feita pela Secretaria de Governo, chefiada atualmente por Carlos Marun. A questão envolvendo as instituições financeiras é um assunto que começou a ser discutido após Bolsonaro apresentar os primeiros passos de seu governo.

O pente-fino nos bancos federais será feito a partir desses relatórios, com o objetivo de mexer nos cargos executivos – demitir não concursados e trocar funcionários de carreira nesses postos, afastando indicados políticos e até cortando funções para reduzir o quadro total. Em relação aos executivos de carreira, o novo governo também pretende diminuir benefícios, que acabam inflando os gastos totais.

Um dos alvos do pente-fino será o Banco do Brasil, onde há apadrinhados de políticos que ocupam cargos com salário de até R$ 61,5 mil. O grupo de funcionários que prepara um relatório sobre a situação do banco para apresentar à equipe de Bolsonaro está mirando especialmente executivos de carreira da instituição que foram nomeados durante os governos petistas e sobreviveram às “limpezas partidárias” de Temer.

Uma revisão total no BB pode atingir até indicados de grupos aliados do novo governo. Embora seja funcionário de carreira do banco, o vice-presidente de Agronegócio foi indicado pela FPA (Frente Parlamentar da Agropecuária), entidade presidida por Tereza Cristina. Ele também passou pelo crivo do atual ministro Blairo Maggi. A entidade decidiu pela escolha de Marco Túlio Moraes da Costa, diretor de Agronegócio. Costa está no banco desde 1982 e passou por diversos cargos, incluindo o de superintendente regional em Sinop, no Mato Grosso. No município, ele manteve contato com as empresas da família Maggi.

Nos governos do PT, o Banco do Brasil passou por uma ampliação de sua estrutura de comando. Além de nove vice-presidentes (salário de R$ 61,5 mil cada) e 27 diretores (R$ 47,7 mil), a instituição criou 11 cargos de gerente-geral (R$ 47,7 mil) – a ampliação de diretorias para abrigar funcionários sintonizados com os partidos de sustentação do governo exigiria uma complexa mudança estatutária. As remunerações estão acima do teto do funcionalismo público de R$ 33,7 mil.

Os cargos de gerente-geral e diretor podem indicar, em média, quatro gerentes executivos, função com salário de R$ 36,3 mil. O gerente executivo indica em média quatro gerentes de soluções, com remuneração de R$ 24 mil cada. Todos os cargos descritos recebem ainda, a cada seis meses, entre dois e três salários por Participação nos Lucros e Resultados, o PLR.

Assim, a folha mensal de pagamento de salário dos 1.048 ocupantes de cargos executivos do banco tem um gasto total de R$ 28, 9 milhões. Funcionários que atuam na preparação de relatórios para a equipe de Paulo Guedes afirmam que o grande problema do aumento desses cargos foi a fixação de um “sombreamento” de funções, abrindo disputas entre vice-presidentes e diretores por executivos e áreas de atuação.

 

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