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Por Redação O Sul | 8 de maio de 2019
O porta-voz da Presidência da República, general Otávio do Rêgo Barros, confirmou a intenção do presidente Jair Bolsonaro de visitar países europeus como Itália, Polônia e Hungria, governados pela direita. Mas a data da provável excursão presidencial ainda depende de acertos entre os Ministérios das Relações Exteriores dos países.
“A questão de fechar a agenda depende dos acordos da chancelaria. Está no foco essa viagem a esses países provavelmente no segundo semestre”, disse o porta-voz.
O ministro das Relações Exteriores do Brasil, Ernesto Araújo, iniciou na terça-feira (07) um tour por Itália, Hungria e Polônia, países com os quais buscará ampliar os negócios, principalmente na área de defesa. Ele já havia visitado a Polônia no início do ano.
No mês passado, o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), presidente da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional da Câmara, visitou os governantes da Itália e da Hungria. O chanceler e o deputado já estiveram com diplomatas desses países no Brasil.
Araújo viajou a Roma para se encontrar com o vice-primeiro-ministro e ministro do Interior da Itália, Matteo Salvini, com a ministra da Defesa, Elisabeta Trenta, além de autoridades do Ministério dos Negócios Estrangeiros e da Cooperação Internacional, a fim de discutir os principais temas da pauta bilateral, como comércio, investimentos, cooperação e temas regionais e globais.
Brasil e Itália mantêm parceria estratégica desde 2007. Em 2018, houve crescimento da ordem de 7% no comércio bilateral, que superou os US$ 8 bilhões. A Itália é um dos maiores investidores individuais no País e possui mais de 1.200 empresas atuando no território brasileiro.
Além das importantes relações comerciais, os dois países possuem importantes laços históricos e culturais. Cerca de 30 milhões de brasileiros são descendentes de italianos e existem significativas comunidades de brasileiros residentes na Itália e de italianos residentes no Brasil.
Araújo também visitou o Vaticano, onde se reuniu com o secretário de Estado da Santa Sé, cardeal Pietro Parolin, e com o secretário de Relações com Estados da Santa Sé, Monsenhor Paul Gallagher.
Os católicos correspondem a cerca de 65% da população brasileira, o que faz com que o Brasil seja considerado pela Santa Sé o maior país católico do mundo, e onde atua o mais numeroso episcopado da Igreja. Brasil e Santa Sé possuem forte convergência na defesa da família e dos direitos humanos, da paz e da segurança internacionais e na condenação ao terrorismo. O Brasil mantém relações diplomáticas com a Santa Sé desde 1826.