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Brasil O deputado Jair Bolsonaro quer militarizar o ensino no País e defende um general no comando do Ministério da Educação

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Os bens dos Bolsonaro incluem ainda carros que vão de R$ 45 mil a R$ 105 mil, um jet-ski e aplicações financeiras, em um total de R$ 1,7 milhão, como consta na Justiça Eleitoral e em cartórios. (Foto: Arquivo/ O Sul)

Não dobrar short ou camiseta da educação física “para diminuir seu tamanho” nem usar óculos com “lentes ou armações de cores esdrúxulas”.

Meninos: nada de “barba ou bigode por fazer e costeleta fora do padrão”. Meninas: esqueçam o penteado “com mechas caídas”. Tingir o cabelo de “forma extravagante” é proibido para todos.

“Contato físico que denote envolvimento de cunho amoroso (namoro, beijos etc.)” é infração até fora da escola, se o aluno estiver de uniforme.

As normas de uma escola dirigida pela Polícia Militar goiana seguem o rígido padrão disciplinar de instituições de ensino militarizadas. E, se depender do pré-candidato à Presidência da República Jair Bolsonaro, podem virar praxe no sistema escolar nacional.

Das 147 mil unidades públicas de ensino básico, cerca de 0,1% estão sob batuta militar. São 13 comandadas pelo Exército (há um projeto para implantar uma em São Paulo) e dezenas nas mãos de PMs estaduais – não há um órgão que centralize esse total, e alguns Estados não possuem o dado consolidado, mas sabe-se que Goiás lidera o ranking, com 36 colégios sob guarda da polícia e mais 18 previstos para 2018.

Bolsonaro diz que, se eleito presidente, multiplicará o modelo, fechando parcerias com as redes municipal e estadual. Reconhece ser impossível cobrir 100% da malha escolar, mesmo porque “faltariam recursos”.

Mas as escolas militares “passariam a ser exemplares”, pois nelas há “educação moral e cívica, cultua-se o respeito às autoridades, no intervalo não tem maconha, o pessoal corta o cabelo, cobra-se o dever de casa…”. À frente do MEC (Ministério da Educação), em eventual gestão sua, colocaria um general – alguém “que represente autoridade, amor à pátria e respeito à família”, ao contrário de titulares recentes da pasta, diz.

Cita dois petistas: “[Fernando] Haddad? Pai do ‘kit gay’ [projeto para discutir homofobia e sexualidades nas salas de aula]. Aloizio Mercadante manteve a mesma política”.

No começo de agosto, o deputado do PSC-RJ (que deve trocar de legenda para disputar o Palácio do Planalto) distribuiu em suas redes sociais o vídeo de “um exemplo de ensino que deveria ser adotado em todas as escolas públicas do Brasil”.

Nove filas de adolescentes de um colégio em Manaus (AM) o exaltam em coro: “Convidamos Bolsonaro, salvação desta nação”.

A visita, diz o parlamentar, foi um desagravo aos estudantes, alvos do programa “CQC”, que em 2015 fez reportagem crítica sobre a escola onde “no corredor não tem bedel, tem policial, alguns com arma na cintura”.

Antes de passar para o controle da PM, em um acordo estabelecido em 2012 com a Secretária de Educação amazonense, a unidade tinha alunos receosos de deixar a mochila na sala para ir ao recreio – colegas poderiam roubá-la. Coibir a violência no ambiente escolar não é a única vantagem que Bolsonaro vê na militarização da educação.

Os índices de aprovação tendem a disparar nesses colégios, que costumam ficar entre os primeiros lugares do Enem. Tudo isso é verdade, diz Renato Janine Ribeiro, que chefiou o MEC por seis meses na administração Dilma Rousseff. De fato, “existe uma preocupação muito grande” com “uma parcela da juventude muito sem limites”, sobretudo após o caso da professora de Santa Catarina espancada por um aluno. E as escolas militares têm, sim, desempenho melhor no Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica). (Folha de S.Paulo)

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https://www.osul.com.br/bolsonaro-quer-militarizar-o-ensino-no-pais-e-defende-um-general-no-comando-do-ministerio-da-educacao/ O deputado Jair Bolsonaro quer militarizar o ensino no País e defende um general no comando do Ministério da Educação 2017-08-27
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