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Brasil Bolsonaro se viu obrigado a ir à Câmara dos Deputados após a recusa de seu presidente em receber o ministro da Economia

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Poucos minutos após um telefonema de Maia para Guedes, Bolsonaro resolveu ir à Câmara. (Foto: Carolina Antunes/Câmara dos Deputados)

A presença do presidente Jair Bolsonaro no Congresso nesta quarta-feira (20) para entregar o projeto de reforma da Previdência dos militares não era garantida até por volta das 16h. Mas ele decidiu ir pessoalmente ao encontro do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), para não correr o risco de a sua equipe econômica dar de cara com a porta, de acordo com informações do site Congresso em Foco.

No início da tarde, Maia ligou para o ministro da Economia, Paulo Guedes, e pediu a ele que entregasse a proposta na seção de protocolo da Câmara. O deputado disse que não o receberia no gabinete da presidência da Casa, como estava previsto até então.

Isso ocorreu após uma conversa com aliados que o alertaram sobre os desgastes gerados com as negociações da PEC (proposta de emenda à Constituição) da reforma da Previdência, fruto de incertezas do governo, mas que já começaram a respingar no presidente da Câmara. Como principal fiador do texto na Câmara, Maia tem se ressentido, segundo deputados próximos, de ser alvo de ataques.

Poucos minutos após a ligação para Guedes, Bolsonaro resolveu ir à Câmara. Desceu na chapelaria do Congresso, subiu as escadas em direção ao Salão Verde e seguiu pelo corredor que dá acesso ao gabinete da presidência da Casa.

Maia não mudou o humor após as 16h. Deixou o encontro com Bolsonaro, onde recebeu das mãos do próprio presidente o projeto, e passou direto para o plenário da Casa para dar continuidade à sessão ordinária. Deu bronca em assessores que lotavam o local no qual só deputados podem transitar. Maia deixou, por volta das 17h15min, a Casa rumo ao Ministério da Economia.

Peça fundamental

Maia assumiu a frente das negociações pela PEC desde o início e é peça fundamental para o governo. Tentou acelerar a tramitação na Câmara, com uma rápida instalação da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça), mas teve as intenções brecadas por líderes partidários, insatisfeitos com o não envio do trecho que trata dos militares – a parte que chegou nesta quarta. Ele conseguiu acordar que, após a chegada desse projeto, os trabalhos no colegiado começariam a andar.

O presidente da Câmara trabalhou nos bastidores para conseguiu colocar na relatoria um nome de consenso com o governo e, ao mesmo tempo, experiente para assumir a função. Com tantos desgastes, porém, decidiu lavar as mãos e deixar com o presidente da CCJ, Felipe Francischini (PSL-PR), o resto das conversas.

A base aliada está insatisfeita com o governo e leva reclamações constantes a Rodrigo Maia, especialmente sobre cargos. O decreto com normas para nomeações, editado na segunda (18), não amenizou o clima, e Maia mais uma vez foi a voz que intercedeu. Os deputados reclamam que os cargos que “sobraram” são “insignificantes”.

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