Economia Bradesco e HSBC garantem que não vão demitir
Por Redação O Sul | 5 de agosto de 2015
Representantes do Bradesco e do HSBC afirmaram na terça-feira a dirigentes dos sindicatos dos bancários de São Paulo e do Paraná que não haverá demissão em massa de funcionários por conta da aquisição da subsidiária do banco inglês pela instituição financeira brasileira. A posição foi apresentada em reunião de mais de duas horas com diretores do HSBC e do Bradesco e sindicalistas. “Nossa preocupação era que esse processo de aquisição acarretasse numa demissão em massa, mas os dois bancos afirmaram que isso não vai acontecer”, disse o presidente da Contraf-CUT (Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro), Roberto von der Osten, assim que saiu do encontro.
Na segunda-feira, o Bradesco anunciou a compra do HSBC por 17,6 bilhões de reais. A reunião, que aconteceu na sede do HSBC, na capital paulista, havia sido solicitada pela Contraf logo após o anúncio da transação entre as duas instituições.
Osten informou ainda que esse processo de aquisição deve durar cerca de seis meses, já que precisa de autorização final do Banco Central e que nesse período quem faz a gestão é o HSBC. “O Bradesco, por lei, não pode demitir e o HSBC, por sua vez, não deve dispensar seus empregados porque isso tem custo. Mas vamos ficar atentos”, disse.
Nota
Em nota, o Bradesco confirmou a informação divulgada pelos sindicatos e afirmou que “não tem mais nada a acrescentar”. Já o HSBC não se pronunciou. O HSBC tinha 20.165 empregados distribuídos em 853 agências bancárias no País em dezembro. Em 2014, os seis maiores bancos – Banco do Brasil, Itaú-Unibanco, Bradesco, Caixa Federal, Santander e HSBC – passaram a concentrar 82,5% do Ativo Total do Sistema Bancário Brasileiro. Em 1999, o índice era de 59%.
(Marcio Allemand/AD)
