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Brasil Brasil deve perder 10% do mercado externo com Carne Fraca, prevê Maggi

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Segundo ministro da Agricultura, País deve ter prejuízo de até US$ 1,5 bilhão por ano, como reflexo da operação (Foto: José Cruz/Agência Brasil)

O ministro da Agricultura, Blairo Maggi, projetou nesta quarta-feira (22) que o Brasil deverá ter um prejuízo de até US$ 1,5 bilhão por ano devido aos desdobramentos da Operação Carne Fraca. Segundo ele, a participação do Brasil no mercado mundial deve diminuir até 10%.

Desde que foi anunciada a operação Carne Fraca, da Polícia Federal, alguns países anunciaram restrições à compra da carne brasileira. Nesta quarta-feira (22), a África do Sul comunicou que suspendeu a importação de carne brasileira de empresas envolvidas na Operação Carne Fraca, da Polícia Federal.

Antes, pelo menos outros seis países haviam anunciado restrições à carne brasileira: México, Japão, Chile, Suíça, China e Hong Kong – os dois últimos são os principais compradores de carnes do Brasil. A União Europeia também anunciou sanções. A Coreia do Sul chegou a anunciar a suspensão de importação de frango, na segunda, mas voltou atrás nessa terça.

“Se me perguntar qual o prejuízo que espero, a grosso modo, algumas contas que a gente faz preveem que o Brasil terá uma oscilação de mercado de 10% aproximadamente. 10% em um volume de US$ 15 bilhões que exportamos por ano”, afirmou o ministro durante audiência conjunta das comissões de Assuntos Econômicos e Agricultura do Senado.

Durante sua apresentação, o ministro citou os dados da exportação de carnes. Segundo o ministro, a média diária de exportação é de cerca de US$ 63 milhões. Essa média caiu para US$ 74 mil na terça-feira. “Estamos falando em números estratosféricos. Não sabemos ainda o tamanho da pancada que vamos receber”, reconheceu. Blairo Maggi destacou que a expectativa do governo é de que as restrições dos países exportadores fiquem apenas nos 21 frigoríficos que são investigados pela Polícia Federal.

“Minha expectativa é deixar circunstanciado nessas 21 plantas. Já fizemos um auto embargo até que elas sejam fiscalizadas. Se ficarmos nessas 21 plantas é o melhor dos mundos”, afirmou.

Denúncias

Blairo Maggi foi questionado pelos senadores Gleisi Hoffmann (PT-PR) e Lasier Martins (PSD-RS) se nunca havia ouvido comentários sobre irregularidades dentro do sistema de fiscalização do Ministério. O ministro disse que comentários sempre existiam, e que as investigações internas sempre aconteceram, mas que os procedimentos são lentos e conduzidos de uma forma “diferente” do que a da Polícia Federal.

“Nem sempre [as investigações internas] são na velocidade que gostamos, porque o próprio corpo do ministério conduz isso diferente do que está acontecendo com uma operação policial, que vem de fora, que vai e olha com todo rigor, sem a preocupação se tem um amigo lá”, declarou.

Gleisi Hoffmann questionou sobre supostas pressões políticas dentro do Ministério – na terça (21), a ex-ministra e atual senadora Kátia Abreu disse que sofreu pressões de deputados peemedebistas enquanto chefiou a pasta para não demitir servidores suspeitos.

O ministro admite que existe “pressão política” dentro dos ministérios e que, muitas vezes, há rachas dentro das superintendências. Blairo ressaltou ainda que não é contra a investigação dos fatos. (AG)

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