Sexta-feira, 19 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 13 de junho de 2019
A Seleção Brasileira perdeu por 3 a 2 para a Austrália, na tarde desta quinta-feira (13), no seu segundo jogo na Copa do Mundo de futebol feminino, que é realizada na França. Após abrir 2 a 0, com cobrança de pênalti de Marta e gol de cabeça de Cristiane, o Brasil sofreu a virada.
Caitlin Foord marcou o primeiro gol da Austrália no início do segundo tempo. Chloe Logarzo empatou em seguida, e a zagueira brasileira Mônica marcou contra para a virada do time australiano.
Marta foi substituída no intervalo, no seu primeiro jogo após a lesão na coxa esquerda que a deixou sem treinar com o grupo durante a preparação para o Mundial. Cristiane saiu no segundo tempo com dores.
“A gente entrou no segundo tempo e desligou, coisa que não pode acontecer. Não pode em um jogo de Copa do Mundo dar uma desligada desse jeito”, avaliou a atacante Cristiane.
Na estreia no torneio, o Brasil venceu a Jamaica por 3 a 0. Agora, a Seleção precisa ganhar o próximo jogo para garantir a classificação para as oitavas de final. O duelo contra a Itália acontecerá na próxima terça-feira (18), às 16h, no Stade du Hainaut. Com dois cartões amarelos, a meia Formiga desfalcará a equipe.
Badalação zero
A badalação passa longe das mulheres na Copa da França. O ambiente é bem mais tranquilo do que o da Seleção masculina em Mundiais. Nos treinos, há poucos curiosos e crianças. Se as jogadoras saírem para uma volta em Montpellier, por exemplo, apenas algumas devem ser reconhecidas, como Andressa que jogou na cidade.
Cenas vistas na Copa do Mundo da Rússia, com grande grupo de parentes, amigos e empresários dos atletas fazendo churrasco em Sochi em um hotel onde ficaram hospedados, estão fora de cogitação na França. Há pouquíssimos familiares acompanhando a Seleção. Segundo a CBF, como de praxe, todos por conta própria. A entidade pode, no máximo, ajudar na logística, como fez no Mundial do ano passado.
Aqueles que puderam ir ao país europeu são, principalmente, parentes de integrantes da comissão técnica. Como a mulher do técnico Vadão, que assistiu aos treinos ao lado de outros parentes da delegação. A mãe da goleira Aline também viajou para ver a filha na Copa.
O lado financeiro pesa. Os salários médios das jogadoras, que em geral vieram de famílias de classe média a classe média baixa, estão longe das cifras milionárias dos craques brasileiros. Bancar uma longa viagem à Europa não cabe no bolso com tranquilidade.