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| Brasil, um campeão das cirurgias plásticas.

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País realiza 1,5 milhão de cirurgias por ano.

Lipoescultura (retirada de gordura), abnoplastia (cirurgia de abdômen) e rinoplastia (operação de nariz) são técnicas de cirurgia plástica que passaram a fazer parte do vocabulário da maioria das brasileiras, independentemente de classe social ou idade. Passar por uma intervenção estética ficou tão banal quanto comprar um carro. Nem é preciso ter muito dinheiro, apenas encontrar uma empresa que financie no número de vezes adequado ao orçamento da cliente. Há consórcios com planos de pagamento de até oito anos.

Em 2014, o País conquistou o primeiro lugar no ranking de nações que mais fazem cirurgias plásticas. Os especialistas brasileiros foram responsáveis por 12,9% das 11,6 milhões de intervenções reparadoras realizadas no mundo. Em segundo lugar estão os Estados Unidos, seguidos de México, Alemanha e Colômbia.

O último levantamento, realizado pela Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica Estética, mostra que o Brasil realiza 1,5 milhão de cirurgias por ano – do total de procedimentos, as estéticas somam 1 milhão e as reparadoras, 500 mil. Mais do que um recurso para adiar o efeito do tempo, a cirurgia é um meio para conseguir a aparência desejada em qualquer idade. Levantamento de 2013 mostrou que o número de plásticas entre adolescentes entre 14 e 18 anos aumentou 141% em quatro anos. No mesmo período, o número de cirurgias estéticas realizadas em adultos cresceu 36,8%. Entre festa de 15 anos e implante de seios, de acordo com pesquisa, muitas meninas ficam com a segunda opção.

Hoje, o Brasil tem mais cirurgiões plásticos por habitante do que os Estados Unidos. De acordo com a Sociedade Brasileira de Medicina, há um especialista para cada 44 mil pessoas, enquanto nos Estados Unidos, a proporção é de 1 para 50 mil pessoas.

Ivo Pitanguy.

Antes dessa explosão de médicos e pacientes insatisfeitos com a própria imagem, o Brasil já era referência na área devido aos trabalhos de Ivo Pitanguy, cirurgião plástico mineiro que construiu fama no Rio de Janeiro, a partir da década de 1950. Depois de ter trabalhado com importantes cirurgiões plásticos da época, foi convidado para aprender mais em Oxford, na Inglaterra.

Pitanguy voltou ao Brasil em 1952 e passou a se dedicar exclusivamente à cirurgia plástica. Virou chefe do Serviço de Cirurgia Plástica e Reparadora da Santa Casa de Misericórdia, no Rio. Cinco anos depois criou o curso de pós-graduação especializado em plásticas na Pontifícia Universidade Católica carioca.

Em 1961, ganhou notoriedade ao criar uma equipe de voluntários para atender as vítimas do incêndio do Gran Circo Norte Americano, que se apresentava em Niterói – mais de 500 vítimas fatais e milhares de feridos; o público somava 3 mil pessoas. Apesar de o cirurgião ter conquistado fama por rejuvenescer o rosto de atrizes e figuras famosas da sociedade, o trabalho que desenvolveu na correção de lesões ajudou o País a se destacar na área.

Em 1988, os jornais publicavam “o avanço do Brasil na área de cirurgia plástica” e a excelente qualidade dos seus profissionais que merecem reconhecimento mundial. Ainda que muitas pessoas pensem que os cirurgiões plásticos trabalhem somente para construir novos narizes, 70% dos pacientes são portadores de defeitos de nascença ou vítimas de graves acidentes. Na época, o Brasil já fabricava pele sintética, um recurso importante para evitar infecções em vítimas de queimaduras. Apesar de hoje as cirurgias estéticas serem em maior número, o País continua recebendo pacientes de todos os lugares do mundo, ora para rejuvenescer, ora para retirar cicatrizes ou depressões provocadas, por exemplo, pela retirada de tumores.  (AE)

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https://www.osul.com.br/brasil-um-campeao-das-cirurgias-plasticas/ Brasil, um campeão das cirurgias plásticas. 2015-05-01
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