Quinta-feira, 28 de março de 2024
Por Redação O Sul | 17 de agosto de 2015
A Justiça do Equador decidiu não deportar a brasileira Manuela Lavinas Picq, 38, detida no país desde a noite da última quinta (13).
Segundo informações da diplomacia brasileira em Quito, a juíza migratória Gloria Pinza declarou nulo o processo de deportação e determinou a imediata soltura de Manuela.
A juíza também solicitou à Promotoria que investigue “incongruências” nas práticas de policiais e de funcionários da chancelaria equatoriana que mantiveram Manuela detida nos últimos três dias.
Manuela é acadêmica e jornalista e foi detida pela polícia do Equador durante a cobertura de uma manifestação contrária ao governo do presidente Rafael Correa, em Quito, na última quinta.
Ela estava com seu companheiro, Carlos Pérez Guartambel, que é militante do movimento indígena no Equador, quando foram cercados por policiais.
Imagens divulgadas na internet por manifestantes mostram Manuela e Carlos sendo agredidos e arrastados por policiais.
Desde então, Manuela é mantida sob custódia da polícia.
Na sexta (14) pela manhã, ela teve o visto cancelado e foi iniciado um processo para sua deportação.
Manifestantes fizeram um protesto em apoio à brasileira em frente à Unidade de Delitos Penais, em Quito, onde ela foi julgada.
Carlos, seu companheiro e militante indígena, foi o responsável por sua defesa.
Nesta segunda (17), antes da decisão, amigos de Manuela enviaram uma carta à presidente Dilma Rousseff e ao Itamaraty pedindo que o governo brasileiro intercedesse no caso, alegando que os direitos da jornalista não estavam sendo respeitados. (Folha)