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Mundo Uma brasileira recuperou a guarda da filha levada pelo pai para o Líbano

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Gabriella já quase não fala português, se comunicando em inglês e árabe. (Foto: Reprodução)

No ano 2000, Cláudia  Dias de Carvalho Boutros se casou com Pedro Boutros, um empresário libanês que vivia em São Paulo. Quatro anos depois, Gabriella nasceu. O casamento terminou em 2009 e a guarda da menina ficou com a mãe. O pai ficaria com filha no final de semana, a cada 15 dias. Em uma sexta-feira, em março de 2010, Pedro pegou Gabriella na casa da Claudia e nunca mais voltou.

Há sete anos Gabriella vive com o pai em Trípoli, a 80 quilômetros da capital libanesa. Nesse período, Claudia e a filha se encontraram poucas vezes. Em 2012, a Justiça brasileira determinou que Gabriella fosse devolvida à mãe. Como o Líbano não segue decisões emitidas por autoridades brasileiras, nada mudou. Há dois meses, Claudia ganhou a guarda da filha também na justiça libanesa. No início de dezembro, ela desembarcou em Beirute.

Mas o encontro com a filha só aconteceu 25 dias depois, numa audiência. A audiência foi marcada para que a justiça libanesa ouvisse a opinião de Gabriella. A decisão de dar a guarda à mãe, dada em outubro, foi mantida.

Redes sociais

Gabriella gravou um vídeo e reproduziu nas redes.  “Olá, fala em inglês mesmo pra todo mundo”, pede Cláudia durante a gravação. “Eu estou aqui com minha mãe”, fala Gabriella, que quase não fala mais português e se comunica melhor em inglês e árabe. “Ai que lindo”, agradece a mãe.

“Doutor [José] Beraldo [advogado de Cláudia] eu tô aqui com a Gabriella. Está sendo discutido muitas coisas e logo mando notícia. Estou aqui com advogado, o pai da Gabriella…”, explica Claudia no vídeo.

Fugas

Claudia ganhou as passagens para o Líbano de um libanês que mora na capital paulista. No dia 2 de dezembro, ela embarcou num voo de Guarulhos, na Grande São Paulo, a Beirute, chegando no dia seguinte, 3 de dezembro, à capital libanesa.

Mas mesmo diante da decisão da Justiça do Líbano, Pedro fugiu com a filha de Trípoli, segunda maior cidade libanesa depois da capital Beirute. Ele deveria estar morando lá com Gabriella, mas preferiu se esconder das autoridades e não entregar a adolescente à mãe.

“O impasse está no fato de o pai da Gabriella alegar que é arriscado a filha voltar para o Brasil. Ele diz que aqui será perigoso para ela. Apesar disso, acredito que a Justiça libanesa fará cumprir a decisão de devolver à menina à mãe”.

Interpol

Desde que Pedro saiu do Brasil com Gabriella, pai e filha passaram a ser procurados pela Interpol (polícia internacional). Fotos dos dois estão no site da entidade como Parental Child Abduction (algo como sequestro de filho por um dos pais, numa tradução livre do inglês para o português).

Se sair do Líbano, Pedro terá de ser preso para responder no Brasil pelo crime de ter levado Gabriella sem autorização da mãe. A menina, por sua vez, teria de ser repatriada.

Mas essa medida da Interpol não vale enquanto pai e filha estiverem em território libanês. Como o país não é signatário da Convenção de Haia, na Holanda, sobre sequestro internacional de crianças, Claudia teve de pedir à Corte de Trípoli a devolução da guarda da filha.

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https://www.osul.com.br/brasileira-recupera-guarda-da-filha-levada-pelo-pai-para-o-libano/ Uma brasileira recuperou a guarda da filha levada pelo pai para o Líbano 2018-01-02
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