Sexta-feira, 19 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 16 de março de 2017
Um morador de Rondônia morreu afogado enquanto tentava uma travessia ilegal para os EUA pelas águas do Rio Grande, na cidade de Novo Laredo, no México. Segundo familiares, Júlio Barcellos, de 35 anos, estava sem mandar notícias para casa desde o final de fevereiro e a confirmação da morte foi feita nesta semana pelo Itamaraty, que está acompanhando o caso.
O irmão de Júlio, Ananias Barcellos, relatou nesta quinta-feira (16) que o último contato com irmão foi realizado na noite do dia 25 de fevereiro, quando ele se preparava para iniciar a travessia da fronteira.
“Foi tudo muito rápido a nossa conversa, mas ele demonstrava confiança e disse que estava passando por Monterrey e que iria desligar o telefone para em seguida poder iniciar a tentativa de atravessar o rio”, comenta o irmão.
A partir daquela noite, Ananias passou a conviver com a angústia de não saber se o irmão conseguiu realizar a travessia e nem sobre como estaria Júlio. Até que a confirmação surgiu na última segunda-feira (13), após ele receber uma ligação do Ministério das Relações Exteriores (Itamaraty) e constatar que o irmão havia morrido.
“Recebi a ligação do Itamaraty por volta das 15h de me disseram que havia um corpo de um homem não identificado em uma funerária na cidade de Monterrey e então enviei algumas fotos a eles, onde posteriormente foi confirmado que se tratava do meu irmão”, contou.
Segundo Ananias, o Itamaraty ainda informou que o corpo de Júlio não apresentava nenhuma marca de agressão ou perfurações e que provavelmente a causa da morte seria um afogamento, ocorrido durante a travessia do rio.
O irmão conta que esta seria a segunda vez que Júlio tentaria a travessia ilegal para os EUA. Na primeira tentativa ele conseguiu passar ao lado americano, viveu no país durante nove anos e retornou para visitar os parentes. A família conta que agora depende de recursos financeiros para poder trazer de volta o corpo de Júlio.
Procurado, o Itamaraty informou que os consulados do Brasil na Cidade do México e em Houston estão cientes do caso e estão em contato com a família para auxiliar o traslado do corpo. O órgão ainda disse que por respeito à intimidade da família, não é possível divulgar mais informações sobre o caso.