Armando Burd Cada vez mais difícil

O Plano de Demissão Voluntária é o primeiro passo para enxugar a máquina estatal. (Foto: Banco de Dados/o Sul)

O Rio Grande do Sul completou oito meses de vigência da situação  de calamidade pública. Em junho do ano passado, o Rio de Janeiro foi o primeiro a usar o recurso. Minas Gerais esperou dezembro para embarcar na mesma canoa. Os estados seguem à deriva, esperando que algum vento leve à terra firme.

EFEITO REDUZIDO

Para honrar a folha de pagamento do funcionalismo federal em 2017, sairão 286 bilhões de reais do Tesouro Nacional. Em 2015, o total foi de 255 bilhões. Agora, o PDV (Plano de Demissão Voluntária) pretende abranger 5 mil funcionários, que correspondem a 1 por cento do total de 500 mil. Trará economia de 1 bilhão de reais ao ano.

DIFERENÇA

O PDV é o primeiro passo, em 21 anos, para enxugar a máquina estatal. A administração do presidente Fernando Henrique Cardoso propôs programa similar em 1996, ocasião em que foram desligados 5 mil profissionais. Hoje, com a crise do desemprego, poucos vão se arriscar.

ONDE CORTAR 

Querendo reduzir despesas, o governo federal deve pôr a lupa nas 159 empresas estatais da sua área. Do total, 70 não contam com orçamento próprio, mantendo-se à custa do Tesouro. Se os contribuintes soubessem o que acontece nas entranhas… Os recursos desperdiçados fazem falta na educação, na saúde, na segurança, nas obras de infraestrutura.

FORA E DENTRO DO ALVO

Quando assumiu, o presidente Michel Temer tinha duas áreas em que não poderia errar. Na Política, derrapou, escolhendo ministros que tiveram de desembarcar em função de denúncias. Na Fazenda, acertou. Apesar de todas as turbulências, a taxa de juro caiu para um dígito, a inflação chegará ao final do ano abaixo da estimativa e, lentamente, surgem indicativos de que os empregos serão retomados.

CHANCE PERDIDA

Henrique Meirelles, que tem carta branca do presidente Michel Temer, era o indicado de Lula para o governo Dilma. O PT preferiu Guido Mantega, que exagerou no repertório de equívocos.

COM A MÁQUINA CALCULADORA

A oposição não reunirá o número suficiente de votos para autorizar o processo por corrupção passiva de Temer. O número de aliados do Planalto determinará a possibilidade de andamento das reformas.

CAI OU NÃO CAI?

A próxima reunião para avaliar a situação da taxa de juros será a 5 de setembro. O mercado aguarda por uma nova redução.

PONTO DE PARTIDA

O debate da campanha eleitoral do próximo ano deve começar pela constatação muito evidente: o Estado cresceu muito mais do que a receita que o sustenta. Os recursos são cada vez menos suficientes para alimentar uma máquina desgastada e sem combustível para manter-se nos trilhos.

CONTRA O TOTALITARISMO

A 27 de julho de 1942, realizou-se em Porto Alegre a maior passeata de protesto contra as forças nazi-nipo-fascistas. Promovida pela União Estadual de Estudantes, começou no meio da tarde e terminou à meia-noite com comício na Praça da Matriz. Entre os oradores, estavam Cordeiro de Farias, Mariano Beck, Coelho de Souza, Germano Bonow Filho e Adail Morais.

ASAS À IMAGINAÇÃO

Artistas que apreciam criticar têm nova chance: o Senado abriu inscrições para concurso que irá escolher um busto para ornamentar a fachada do prédio.

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