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Celebridades Caetano Veloso toca em ocupação contra fim do Ministério da Cultura

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Caetano Veloso vestiu o cocar ao se apresentar em ocupação do Rio contra fim do MinC. (Foto: Ricardo Borges/Folhapress)

“O MinC é nosso. É uma conquista do Estado brasileiro. Não é de nenhum governo.” Assim Caetano Veloso abriu seu show em apoio à ocupação do edifício Capanema, no centro do Rio, na noite desta sexta (20).

O baiano se apresenta com Erasmo Carlos no pilotis do prédio histórico, que está ocupado desde segunda-feira (16).

“O MinC é nosso!”, disse Erasmo ao subir no palco. “A pessoa que acha a cultura supérflua é uma pessoa que não tem intimidade com a identidade do país”, afirmou.

Nesta sexta ainda se apresentarão Seu Jorge, Teresa Cristina, Marcelo Jeneci e Pretinho da Serrinha. Ao longo da semana, artistas como Otto, Lenine, Frejat e Leoni também fizeram shows em apoio ao movimento.

Os manifestantes pedem a restituição do MinC e a saída do presidente interino Michel Temer, repudiando qualquer tipo de negociação com seu governo.

“A gente não está aqui só pra fazer shows. Os artistas estão vindo aqui para apoiar a ocupação, vocês estão aqui para apoiar a ocupação. Nosso objetivo aqui é político”, disse ao microfone uma das organizadoras antes do início do show de Caetano.

Caetano abriu seu show com “Força Estranha”, seguiu com “Um Índio”, “Um Abraçaço”, “Terra” e “Odeio”. Nesse momento, manifestantes gritavam “Fora, Temer” a pleno pulmões. Depois o cantor veio com “Qualquer Coisa”.

Na última semana, ele publicou artigo no jornal “O Globo” no qual classificou o fim do MinC como “ato retrógrado”.

Nele, disse ainda que o MinC se mostrou necessário e citou avanços no campo do direito autoral, o sucesso financeiro do audiovisual, os Pontos de Cultura e o patrimônio histórico.

POLÍTICOS DISCURSAM

Antes do show de Caetano houve outras apresentações artísticas e falas políticas. Os deputados Jandira Feghali (PCdoB), Lindbergh Farias (PT) e Wadih Damous (PT) falaram por um minuto cada um.

“Temos que derrubar esse governo golpista, inimigo das mulheres, das artes. Hoje só temos duas palavras: fora Temer”, disse Damous.

“Esta é a única ocupação legítima neste país. A dos ministérios não. Vocês estão fazendo história. O presidente do Senado anda dizendo que fará reunião com artistas para negociar volta do MinC, mas o que eu tenho visto dos artistas é o seguinte: não tem negociação com esse governo. Fora, Temer”, disse Lindbergh.

“Eles ainda não sabem o que somos nós na oposição. Seremos representantes dessa energia que vocês estão botando na rua. Em apenas seis dias destruíram políticas que levamos anos para construir. Não vamos negociar com Temer, Renan, com ninguém. Queremos derrubar Temer e devolver a cadeira a quem a ocupou legitimamente”, disse Feghali.

“Nos não estamos aqui por um ‘fica MinC’. Nossa luta não é setorial, é democrática. A imprensa golpista está tentando esvaziar nosso movimento. Temos que acreditar que podemos sim virar o jogo. Temos que pressionar os senadores”, disse um representante de um grupo de teatro que falou depois dos políticos.

Deputado estadual pelo PSOL, Marcelo Freixo foi recebido com gritos de “prefeito”. “Muito importante este espaço estar ocupado, porque a democracia custou muito caro, não é possível que esse governo tire algo que conquistamos com tanta luta”, declarou.

Há ocupações de prédios públicos com as mesmas reivindicações por todo o país.

As manifestações começaram na sexta-feira (13), em Curitiba, e se alastraram por ao menos outras 15 capitais : São Paulo, Rio, Belo Horizonte, Brasília, Salvador, Fortaleza, Belém, São Luís, Natal, Manaus, Macapá, Cuiabá, Aracaju, Recife e João Pessoa.

Em todos os Estados, os participantes organizam agendas culturais com shows, oficinas e palestras nos locais.

EXPECTATIVA

Antes de Caetano e Erasmo se apresentarem, o pilotis do Palácio Gustavo Capanema, no centro do Rio, foi tomado por uma multidão.

Aos gritos de “fora, Temer”, o público dá apoio à ocupação do edifício onde fica a sede da Funarte e da representação do Iphan no Rio.

Desde a segunda-feira que artistas e ativistas ocupam o salão mais importante do Palácio Capanema, que abriga um painel de Portinari e um tapete de Oscar Niemeyer, um dos projetistas do prédio de arquitetura modernista.

A ação dentro do prédio é complementada por uma programação cultural no pilotis, localizado no térreo e de acesso livre ao público.

A ocupação no Rio é realizada por movimentos como Reage Artista e Teatro pela Democracia, contrários ao impeachment da presidenta Dilma Rousseff e seu consequente afastamento. (Fábio Brisolla e Luiza Franco/Folhapress)

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