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Brasil A Caixa Econômica Federal precisa de R$ 6 bilhões para manter a solidez

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Taxa mínima nas linhas com recursos da poupança na Caixa caiu de 10,25% para 9% ao ano. (Foto: Banco de Dados)

A Caixa Econômica Federal precisa de cerca de R$ 6 bilhões neste ano para se enquadrar dentro das regras de instituições financeiras mais sólidas para assumir riscos. A cúpula do banco, mantendo o plano estabelecido ainda no ano passado, descarta o uso de qualquer ajuda financeira externa, como repasse do Tesouro Nacional ou do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço).

O plano de contingência, já aprovado, traça como fontes de recursos para atingir os R$ 6 bilhões uma emissão externa de bônus, a venda de carteiras atraentes e a preservação de uma política mais rígida na distribuição de dividendos aos acionistas, no caso, o governo federal.

A Caixa já cortou pela metade a distribuição de dividendos, mas prefere reter os ganhos para promover uma espécie de recapitalização. Em paralelo, a nova gestão tem o desafio de despolitizar decisões e identificar redutos de corrupção. Uma auditoria interna faz um pente-fino na instituição. O banco é alvo de investigações da Polícia Federal e do Ministério Público. Foi obrigado a destituir parte dos vice-presidentes acusados de pedir propina para liberar financiamentos.

A percepção do comando é de que a Caixa tem condições de resolver todas as pendências de gestão e financeiras por seu próprio esforço. No entanto, reconhece que o desafio de 2018 será alinhar a estrutura do banco para cumprir o chamado Basileia 3. O Índice de Basileia é o indicador que mede a musculatura financeira dos bancos. Foi uma das exigências estabelecidas pelo Acordo de Basileia, assinado em 1988 na cidade suíça homônima e adotado no Brasil em 1994.

Basicamente, o índice é uma conta matemática. Divide-se o patrimônio do banco pelos ativos ponderados pelo risco. Ocorre que o Basileia estabelece parâmetros para se definir o que vale na conta. À medida que o setor financeiro mostra falhas, o índice é aperfeiçoado, com adoção de novos critérios e parâmetros, sempre mais rígidos.

Em 2004, depois da falência de vários bancos, veio o Basileia 2, com princípios para contabilidade e transparência das instituições – passou a valer no Brasil em 2007. Em 2010, após a crise financeira global, institui-se o Basileia 3, cujas exigências buscam garantir principalmente que os bancos tenham um colchão extra de recursos para suportar possíveis perdas com operações mais arriscadas.

Para atender as novas exigências, os bancos são obrigados a garantir um volume maior de ativos próprios e líquidos (que possam ser convertido em dinheiro rapidamente em caso de crise). A Caixa, banco estatal, com uma série de políticas públicas para atender, precisa de um esforço adicional para atingir esse objetivo.

A Caixa atingiu em 2016 índice de Basileia de 13,54%. Em relação ao ano passado, divulgará que o indicador ficou acima de 17%. Isso quer dizer que a cada R$ 100 emprestados, dispõe de R$ 17. Seu desafio está em garantir o nível 1 de capital, que entra na conta do índice e indica o volume de dinheiro disponível para que o banco não quebre em caso de grave crise no sistema financeiro.

Dentro das regras anteriores, em 2016, a Caixa alcançou 9,47%. O mínimo à época, de 6,63%, foi elevado para 7,5% em 2017. A Caixa vai divulgar nos próximos dias que atingiu 11%. Neste ano, precisa alcançar 8,37% já atendendo o Basileia 3. O indicador é menor, mas a exigência é maior. Parte dos ativos que deram sustentação ao resultado anterior já não podem mais ser usados nesse novo degrau – daí vem a necessidade de ter um capital adicional de R$ 6 bilhões até o final do ano.

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https://www.osul.com.br/caixa-economica-federal-precisa-de-r-6-bilhoes-para-manter-solidez/ A Caixa Econômica Federal precisa de R$ 6 bilhões para manter a solidez 2018-02-05
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