Sexta-feira, 19 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 3 de outubro de 2019
O secretário especial de Desestatização, Desinvestimentos e Mercados, Salim Mattar, afirmou que a Caixa Econômica Federal, o Banco do Brasil e a Petrobras não serão privatizados pelo governo Jair Bolsonaro. Segundo ele, essa é uma decisão do presidente Jair Bolsonaro, que é favorável as privatizações e a redução do tamanho do Estado. “Caixa, Petrobras e Banco do Brasil não está no nosso mandato para privatização”, disse.
Mattar ainda afirmou que as eventuais divergências que existiam entre ministros do governo sobre a venda de estatais não existem mais. Em entrevista nos primeiros meses de governo, o secretário declarou que encontrou resistência de ministros para vender algumas estatais.
Além de definir que estatais não serão vendidas, o secretário especial de Desestatização afirmou que o governo já mapeou as empresas públicas que dependerão de autorização do Congresso Nacional para serem vendidas. Entre elas, estão os Correios, a Casa da Moeda e a Eletrobras.
Ao deixar uma reunião com o ministro da Economia, Paulo Guedes, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou que é favorável à privatização da Eletrobras e Correios. Entretanto, ele declarou que a eventual venda da Petrobras não é uma unanimidade na sociedade e no Legislativo.
“Não consigo responder de forma genérica sobre privatizações. Sou a favor da privatização da Eletrobras. Acho que o custo da administração da Eletrobras prejudica muito o Estado brasileiro. Isso acaba gerando prejuízo à sociedade. Esse é um caso importante”, destacou.
Governo
Até setembro, o governo federal levantou R$ 96,2 bilhões (US$ 23,5 bilhões) com desestatizações nas mais diversas modalidades. O valor foi divulgado nesta quinta-feira pelo secretário especial de Desestatização, Desinvestimento e Mercados do Ministério da Economia, Salim Mattar.
O valor indica que as operações foram concluídas. O dinheiro ainda está entrando no caixa do governo. Segundo Mattar, o governo cumpriu a meta do ministro da Economia, Paulo Guedes, de levantar US$ 20 bilhões em desestatizações neste ano. O número foi anunciado por Guedes no Fórum Mundial Econômico em Davos, na Suíça, em janeiro.
A maior parte do montante vem de privatizações e desinvestimentos, com R$ 78,6 bilhões. Nessa modalidade, a União se desfaz definitivamente das empresas (ou de participações em empresas), e o dinheiro entra na conta financeira do Orçamento para abater a dívida pública. Mattar confirmou que Petrobras, Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal não estão no radar do governo para serem privatizadas.