Quarta-feira, 24 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 5 de outubro de 2015
Após duas décadas de debates, a Califórnia (EUA) aprovou lei que permitirá a pacientes terminais cometerem suicídio assistido. A medida autoriza médicos a prescreverem drogas letais para pacientes maiores de 18 anos, que estejam conscientes e tenham expectativa de vida de seis meses.
A lei obrigará que dois médicos prescrevam e duas testemunhas presenciem a ingestão dos medicamentos. O paciente deverá fazê-lo por conta própria.
Quatro Estados norte-americanos já têm permissões similares. O primeiro a admitir a prática foi o Oregon, em 1997, seguido de Washington, Montana e Vermont. Países como Holanda, Suíça e Bélgica também aprovam a prática.
A questão, contudo, ainda está longe de pacificada – uma proposta com o mesmo teor foi rejeitada há cerca de um mês no Reino Unido. Quase a metade das 50 unidades federativas nos EUA tem ou teve projetos de lei na mesma linha que ainda não lograram avançar.
Campanha
Na Califórnia, o projeto de lei foi aprovado no Legislativo estadual há cerca de um mês e sancionado pelo governador Jerry Brown nessa segunda-feira. Mas só deverá entrar em vigor em 2016.
A decisão do Estado norte-americano foi precedida pela campanha de Brittany Maynard, que, aos 29 anos, diagnosticada com câncer de cérebro, mudou-se para Oregon para cometer suicídio assistido, em novembro de 2014. “Eu não sou suicida. Eu não quero morrer. Mas estou morrendo. E quero morrer segundo meus próprios termos”, escreveu a jovem em artigo para a rede de TV CNN. (Folhapress)