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Mundo Candidato favorito a presidente da Argentina enfrenta o atual presidente, que é de direita, mas também não apoia o presidente venezuelano Nicolás Maduro, que é de esquerda

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O candidato Alberto Fernández, líder da chapa em que a senadora e ex-presidente Cristina Kirchner (2007-2015) é candidata a vice. (Foto: Reprodução/Twitter/@alferdez)

Com seu favoritismo para as eleições presidenciais de 27 de outubro confirmado nas primárias do último domingo, o candidato Alberto Fernández, líder da chapa em que a senadora e ex-presidente Cristina Kirchner (2007-2015) é candidata a vice, reforçou seu perfil moderado na tentativa de afastar temores sobre o futuro da Argentina. Ele acenou com a possibilidade de convocar o também candidato presidencial Roberto Lavagna, economista de prestígio dentro e fora do país, para integrar seu gabinete e questionou pela primeira vez o governo de Nicolás Maduro na Venezuela. As informações são do jornal O Globo.

Aos 60 anos, o homem que em 2003 coordenou a campanha presidencial de um desconhecido Néstor Kirchner e depois se tornou seu chefe de Gabinete formou uma coalizão que reúne o kirchnerismo e quase todas as demais correntes do peronismo. Ele já demonstrou ser um bom candidato — teve 47% dos votos nas primárias, contra 32% do presidente Mauricio Macri — e agora busca apresentar-se como um presidente confiável.

Até ser convocado por Cristina para assumir a candidatura presidencial, num gesto que surpreendeu aliados e adversários, Fernández era um articulador político e sua meta era voltar a unir o peronismo. O candidato rompeu com sua hoje companheira de chapa em 2008, saiu do governo e desde então trabalha por essa reunificação, que foi essencial para sua vitória sobre Macri.

Cristina entendeu que era necessário abrir espaços e reunir o peronismo”. afirmou o analista Jorge Giacobbe.

Fernández nunca ocupou cargos eletivos, mas, “mesmo sem experiência como gestor, Alberto fez e está fazendo uma boa campanha e, diante de um Mauricio Macri que foi a nocaute, já se move com a certeza de que será presidente”, disse Giacobbe. Na Argentina, para a vitória em primeiro turno, são necessários 45% dos votos ou 40% com uma diferença de 10 pontos sobre o segundo colocado.

Embora insista em responsabilizar o governo pela disparada do dólar nos últimos dois dias (amoeda americana passou de 46 para 58 pesos) e afirmar que é a Casa Rosada que deve acalmar os ânimos, Fernández tem tentado enviar sinais amigáveis aos mercados. No entanto, ainda é pouco claro sobre seu programa econômico.

Na terça-feira, o risco país, que mede a percepção do mercado do perigo de que a dívida pública não seja paga, subiu para 1.706 pontos, o maior desde 2009. O temor que tem sido expressado por operadores é de que Fernández não salde o empréstimo de US$ 57 bilhões contraído por Macri com o Fundo Monetário Internacional — o maior da história do organismo. Fernández, no entanto, nunca disse que não pagaria o crédito, embora tenha afirmado que vai negociar com o FMI um plano econômico alternativo, ainda desconhecido.

O candidato manteve contatos com representantes do FMI e expressou sua intenção de iniciar uma renegociação no começo de 2020, caso seja eleito. Fernández tem uma equipe de assessores economistas, entre eles alguns mais ortodoxos como Guillermo Nielsen, que participou da renegociação da dívida liderada por Lavagna, então ministro da Economia, no governo Néstor Kirchner (20032007). A equipe inclui economistas de linha mais heterodoxa, como Matias Kulfas e Cecília Todesca. O candidato disse estar disposto a trabalhar em conjunto com o governo para evitar o aprofundamento da crise, mas sem entusiasmo:

O diálogo está aberto, mas eu não quero mentir para os argentinos. O que eu posso fazer? Eu sou apenas um candidato. A minha caneta não assina decretos”, disse Fernández, que recentemente provocou debate ao afirmar que não pagaria juros de letras do Tesouro emitidas por Macri e usaria esse dinheiro para financiar programas sociais.

Não está claro como Fernández cumpriria as metas fiscais estabelecidas no acordo entre Macri e o FMI, já que o candidato afirma que vai rever o entendimento para aumentar os gastos sociais. Ele tem dito que não repetirá erros do passado como fechara economia e impor um controle cambial rígido.

A estratégia de moderação levou o candidato a criticar o governo Maduro, contrariando uma posição dos Kirchner desde a época do falecido Hugo Chávez (1999-2013). Citando o recente relatório da ONU sobre violações dos direitos humanos na Venezuela, coordenado pela ex-presidente do Chile Michelle Bachelet, Fernández afirmou que Caracas tem hoje um “regime autoritário”.

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