Sexta-feira, 19 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 12 de outubro de 2018
Os dois candidatos à Presidência tentaram, em seus primeiros programas eleitorais de segundo turno exibidos na televisão, nesta sexta-feira (12), reduzir os pontos que levam os eleitores a rejeitá-los. Jair Bolsonaro (PSL), que busca o eleitorado feminino, chorou ao falar de sua filha caçula, Laura, a primeira após ser pai de quatro filhos.
Enquanto isso, Fernando Haddad (PT) apostou suas fichas em conquistar o apoio do eleitor antipetista. Falando em direção ao vídeo, disse que sua “campanha não é de um partido, é de todos os que querem mudar o País”. Pediu o voto de “todos que são a favor da democracia”.
Ambas as campanhas dos presidenciáveis também tentaram colar no outro uma imagem negativa. Enquanto o programa de Bolsonaro aponta para o risco de “venezualização” do Brasil com a volta do PT ao poder, o de Haddad relaciona o adversário à violência.
Bolsonaro divulgou uma fala de Lula que faz referência à criação de confiança para que os partidos de esquerda cheguem ao poder na América Latina. Diz que o vermelho, cor usada pelo PT, é “um sinal de alerta para o que não queremos no País”.
Já na campanha petista são exibidas cenas em que Bolsonaro faz referência a armas com os dedos e o episódio em que ele ele disse que ia “fuzilar a petralhada” no Acre. Pela primeira vez, Haddad usou uma apresentadora para fazer críticas e propostas — como acontecia no programa de Geraldo Alckmin (PSDB). Também mudou o jingle anterior, que era associado ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e prometia “o Brasil feliz de novo”.
O novo jingle pede “todos pelo Brasil”. Lula aparece brevemente na propaganda, dizendo que “ninguém fez mais pela educação do que Haddad”. O candidato foi ministro da Educação nos governos do PT.
Bolsonaro ficou com 46% dos votos válidos no primeiro turno, contra 29% de Haddad. De acordo com o Datafolha divulgado na quarta-feira (10), o capitão reformado tem 58% dos votos válidos para o segundo turno, contra 42% do petista.
Tribunal Superior Eleitoral
Em duas decisões, o ministro Carlos Horbach, do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), determinou que seja retirada da internet postagens com conteúdos falsos sobre o candidato do PT à Presidência, Fernando Haddad. Em uma das representações, a coligação O Povo Feliz de Novo, de Haddad, solicitou a retirada de 222 conteúdos do ar, espalhados por redes sociais como Twitter e Facebook, alegando que tais publicações seriam inverídicas, difamatórias e injuriantes.
Horbach concedeu a retirada de uma postagem, que para o ministro é manifestamente falsa e potencialmente lesiva à honra de Haddad. Na publicação, o candidato do PT é associado a uma suposta estratégia de disseminação de notícias inverídicas sobre o adversário Jair Bolsonaro (PSL). Em relação às demais postagens, Horbach considerou que estariam aptas a continuar no ar por serem uma expressão da opinião do eleitor, reproduções de matérias jornalísticas ou críticas à urna eletrônica.