Quarta-feira, 24 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 7 de fevereiro de 2016
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
Após a ditadura do Estado Novo, de 1937 a 1945, Getúlio Vargas queria se eleger presidente da República em 1950 pelo voto direto. Os compositores Haroldo Lobo e Marino Pinto foram contratados para criar o jingle da campanha. Dessa forma, surgiu a marchinha “Retrato do Velho”, referindo-se ao hábito de expor a imagem de Vargas em repartições públicas, fábricas e lojas. A música ajudou a eleger o candidato e foi além: saiu da disputa eleitoral para animar os bailes de Carnaval. Esta é a letra de “Retrato do Velho”.
Bota o retrato do velho outra vez
Bota no mesmo lugar
Bota o retrato do velho outra vez
Bota no mesmo lugar
O sorriso do velhinho faz a gente trabalhar
O sorriso do velhinho faz a gente trabalhar
Eu já botei o meu
E tu não vais botar
Eu já enfeitei o meu
E tu não vais enfeitar
O retrato do velhinho faz a gente trabalhar…
Não foi a única vez em que uma marchinha de campanha eleitoral invadiu os bailes de Carnaval. A vassoura, símbolo de Jânio Quadros para chegar à Presidência da República em 1960, prometia varrer a corrupção no Brasil. O publicitário Maugeri Neto compôs o jingle que ajudou na vitória de Jânio:
Varre, varre,varre vassourinha!
Varre, varre a bandalheira!
Que o povo já tá cansado
De sofrer dessa maneira.
Jânio Quadros é a esperança desse povo abandonado!
Jânio Quadros é a certeza de um Brasil moralizado!
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
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