Sexta-feira, 29 de março de 2024
Por Redação O Sul | 1 de agosto de 2015
Um relatório técnico da Land Rover, fabricante da Range Rover, carro do cantor Cristiano Araújo, 29 anos, aponta que o veículo estava a 179 quilômetros por hora no momento do capotamento que matou o sertanejo e a namorada, Allana Moraes, 19, na BR-153, em Goiás. O acidente aconteceu no dia 24 de junho.
A informação foi dada pelo delegado responsável pelo caso, Fabiano Henrique Jacomelis. Ele ressaltou que ainda não foi concluído o laudo da perícia sobre as causas do sinistro.
O dado do relatório da Land Rover ficou registrado na “caixa preta” do veículo cinco segundos antes do acionamento dos airbags do carro, segundo o delegado. As informações foram retiradas do módulo e enviadas para a Inglaterra, onde foram analisadas. “Esse número corrobora com os depoimentos das testemunhas ouvidas no inquérito, inclusive a do próprio motorista, que assumiu estar acima da velocidade permitida”, disse.
Perícia
Jacomelis explicou ainda que é necessário esperar a conclusão do laudo pericial da polícia. “A velocidade que vale na investigação é do laudo, que analisa a zona de impacto e frenagem, por exemplo”, afirmou.
Se confirmado o excesso de velocidade, o condutor do carro, Ronaldo Miranda, 40 anos, pode ser indiciado por homicídio culposo – sem intenção de matar. Se condenado, a pena varia de dois a quatro anos de prisão.
O motorista do cantor afirmou que perdeu o controle do veículo depois que um dos pneus estourou. “Ele disse que estava correndo um pouco, mas não soube precisar exatamente qual era a velocidade no momento do acidente, já que o carro era muito potente e ele não percebeu o excesso”, segundo afirmou o delegado na época do acidente.
Capotamento
O sinistro aconteceu quando o sertanejo voltava de um show. Além de Ronaldo, Cristiano e Allana, estava no automóvel um dos empresários do músico, Victor Leonardo, que sofreu ferimentos leves.
O condutor perdeu o controle do veículo minutos após uma parada em um posto de combustíveis. O físico Reges Guimarães analisou a velocidade média com base no horário das imagens de uma câmera de segurança.
O motorista, que chorou durante todo o depoimento, afirmou que não faz consumo de bebidas alcoólicas e negou que estivesse usando celular ou que tenha dormido ao volante. No teste do bafômetro a que foi submetido, o resultado foi negativo. (AG)