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Por Redação O Sul | 23 de dezembro de 2015
A carta achada após a morte de Odilaine Uglione, mãe do menino Bernardo Boldrini, foi escrita por ela. Depois de testes em cinco laboratórios do IGP (Instituto Geral de Perícias) do Rio Grande do Sul, foi constatado que ela escreveu a carta de despedida. No entanto, a Polícia Civil não descartou a hipótese de assassinato. Odilaine foi achada morta em 10 de fevereiro de 2010 dentro do consultório médico do ex-marido Leandro Boldrini, acusado da morte do filho.
Após a morte de Bernardo, em 2014, a família de Odilaine contratou um perito particular para analisar a carta. Quando Odilaine morreu, a polícia concluiu que se tratava de suicídio. Após a morte de Bernardo, a família pediu a reabertura do caso, acreditando se tratar de homicídio.
Os laudos particulares indicaram que a letra não era de Odilaine, mas os peritos do IGP disseram que ela variava a escrita de algumas letras.
Também foi analisado pelos peritos o crânio de Odilaine, reconstruído em 3D. Segundo a análise, o tiro que matou Odilaine também poderia ter sido disparado por uma segunda pessoa. Durante a investigação os peritos também compararam o material genético encontrado debaixo das unhas de Odilaine com o DNA de Boldrini. Foi encontrado o cromossomo Y, que só os homens possuem.
Caso Bernardo
Bernardo Uglione Boldrini, de 11 anos, desapareceu em 4 de abril de 2014, em Três Passos. Seu corpo foi encontrado no dia 14, em Frederico Westphalen, dentro de um saco plástico e enterrado às margens de um rio. Edelvânia Wirganovicz, amiga da madrasta de Bernardo, Graciele Ugulini, admitiu o crime e apontou o local onde a criança foi enterrada. Respondem ao processo criminal Leandro Boldrini (pai), Graciele Ugulini, Edelvânia Wirganovicz e Evandro Wirganovicz (irmão de Edelvânia). A denúncia foi aceita pelo juiz de Direito Marcos Luís Agostini, titular da Vara Judicial da Comarca de Três Passos, em 16 de maio de 2014. Os réus estão presos.