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Mundo Cartunista de jornal é demitido após ilustrar Donald Trump jogando golfe sobre os corpos de imigrantes

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Na imagem, é replicada a fotografia de Oscar Ramirez e a filha, Valeria, que morreram afogados. (Foto: Reprodução)

O cartunista canadense Michael de Adder foi demitido ontem por fazer um desenho do presidente dos EUA, Donald Trump, jogando golfe ao lado dos corpos dos dois imigrantes salvadorenhos encontrados mortos na fronteira com o México, na semana passada. No cartum, Adder desenhou o presidente de pé, segurando um taco de golfe e olhando para os corpos dos afogados. Trump questiona: “Importam-se que eu continue o jogo?”

Em poucas horas, o desenho se espalhou pelas redes sociais e, momentos depois de viralizar, o cartunista recebeu uma mensagem comunicando o cancelamento de seu contrato com a Brunswick News Inc. (BNI), que publica vários jornais no Canadá.

A direção negou que a demissão tenha relação com o trabalho de Adder, que há 17 anos publicava caricaturas nos jornais da BNI. No entanto, a Associação de Cartunistas do Canadá criticou a demissão e afirmou que o tema Trump é tabu para o proprietário da empresa, o bilionário James Irving.

Na imagem, é replicada a fotografia de Oscar Ramirez (25 anos) e a filha, Valeria (23 meses), que morreram afogados quando cruzavam clandestinamente a fronteira México-Estados Unidos, mas o cartunista coloca Trump, ao lado de um carrinho de golfe, a observar os cadáveres e a perguntar: “Importam-se que continue a jogar?”.

A fotografia chocante dos corpos encontrados no Rio Grande foi divulgada na imprensa internacional na quarta-feira.

Acompanhado pela mulher de 21 anos e pela filha, Oscar Martinez Ramirez tinha chegado a Matamoros, no Estado mexicano de Tamaulipas, na semana passada, depois de ter atravessado o México, como tantos outros milhares de migrantes oriundos de países da América Central que têm tentado nos últimos meses entrar nos EUA, segundo indicou um relatório da justiça mexicana a que a agência francesa France Presse (AFP) teve acesso.

A família, acompanhada por um amigo, decidiu no domingo à tarde tentar atravessar a nado o rio Bravo.

O pai levava a filha às costas, mas os dois não conseguiram atravessar o rio por causa das fortes correntes e morreram afogados, segundo relatou às autoridades locais a mulher de Oscar Martinez Ramirez, que conseguiu sobreviver e voltar a nadar até à margem mexicana do rio Bravo.

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